Entre as reformas previstas pela empresa está a reabilitação da infra-estrutura do cais do terminal, de forma a que seja possível mudar a planta do Terminal Multiusos de Luanda.
A empresa também vai proceder à reabilitação e aquisição de equipamentos e vai criar uma plataforma logística externa que vai permitir ao terminal atingir um volume de tráfego na ordem dos 700.000 movimentos de contentores por ano. A empresa prevê ainda manter todos os postos de trabalho, com uma forte aposta na formação dos trabalhadores.
Ao concurso concorreram empresas como a Multiparques, Advanced Maritime Transportes, a China Harbour Engineerring Company, entre outras. Contudo, a Comissão de Avaliação, criada pelo Ministério dos Transportes e orientada por João Fernandes, considerou que a empresa dos EAU seria a opção mais vantajosa.
Os resultados do concurso foram revelados na Terça-feira pela comissão, que citada pela Angop, justifica a escolha com o facto de a Dubai Ports World ter um valor actual de pagamentos à concedente superior a 440 milhões de dólares, referentes a este ano. Além disso, a longo prazo, estes pagamentos vão representar um valor concedente superior a mil milhões de dólares, dos quais 150 milhões na data da assinatura do contrato de concessão, adianta a Angop.
O terminal é a maior infra-estrutura portuária nacional e dedica-se ao transporte de carga geral e contentores. É composto por um cais com cerca de 610 metros, com uma profundidade de 12,5 metros e uma área de cerca de 181.070 metros quadrados. Por ano, é capaz de movimentar mais de 2 milhões de toneladas e é também responsável por 70 por cento das movimentações da carga transportada via marítima para o país.
A Dubai Ports World, sediada no Dubai, é especialista na logística de cargas e operações de terminais portuários. Com portas abertas desde 2005, por ano movimenta cerca de 70 milhões de contentores.