João Lourenço falava à imprensa no final da cerimónia de inauguração da Academia Diplomática Venâncio de Moura, criada com o financiamento de cerca de 16 milhões de dólares do Governo da China.
“O chefe de Estado no fundo acaba por ser o primeiro diplomata de qualquer país, eis a razão por que eu assumi essa responsabilidade de procurar dar um impulso à diplomacia económica”, disse João Lourenço.
Segundo o Presidente, a diplomacia no geral do país está “muito bem”, contudo, em termos de diplomacia económica, Angola ainda tem “um caminho longo a percorrer”, acreditando que será alcançado sucesso.
Com a inauguração desta academia, realçou João Lourenço, o país passa a ter maior capacidade de formar, preparar os quadros angolanos para que possam exercer as suas funções com maior qualidade.
O chefe de Estado sublinhou o papel da diplomacia para as boas relações de amizade e de cooperação com os outros povos e para a prevenção e resolução de guerras.
“No nosso próprio caso, estamos recordados que foi a diplomacia que nos levou às [negociações] quadripartidas em Nova Iorque e, desta forma, pusemos fim ao conflito que opunha os povos desta região ao regime do apartheid”, salientou.
Na sua intervenção, o chefe da diplomacia, Téte António, referiu que o principal desafio na diplomacia nacional é “o elemento humano”, salientando que tem estado a ser conferida especial atenção aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, no sentido de os capacitar.
Téte António realçou que desde o início do mandato do actual executivo tem sido mais criteriosa a selecção de pessoal das missões diplomáticas e tem estado a ser implementado um conjunto de políticas para o efeito.
“Neste sentido, temos ministrado cursos de refrescamento e capacitação com regularidade para os chefes de missão e quadros do Ministério das Relações Exteriores com o intuito de aprimorar a nossa atividade diplomática e melhor representar o nosso país”, disse.