Os líderes reflectiram sobre o progresso das reformas em curso em Angola, em diferentes planos, e apresentaram a sua visão acerca das oportunidades de investimento no país.
Sobre este assunto, o chefe de Estado atribuiu a prioridade das reformas à promoção do sector privado, com vista à sua conversão em motor do crescimento económico em Angola. "Estamos a trabalhar no sentido de uma verdadeira mudança estrutural da economia de Angola, para que ela se torne cada vez menos dependente do petróleo", afirmou.
Não deixando de lado o principal pilar da sua governação, João Lourenço definiu o combate à corrupção e à impunidade como uma das prioridades, apelando à sociedade e às instituições para prevenir e combater este fenómeno, recuperando assim a confiança dos investidores.
Em discussão estiveram ainda a política cambial, o PRODESI e o PROPRIV, e a implementação das PPP.
No que diz respeito à diversificação económica, o PR destacou o "enorme potencial em recursos naturais ainda pouco explorado" do país em áreas como a agropecuária, a indústria extractiva e transformadora, as pescas, o turismo, a energia e águas, os transportes e logística, a construção civil, entre outros sectores.
"Portanto, convidamos o sector privado aqui presente a abraçar as oportunidades de negócios que o nosso país oferece, na realização de investimentos agropecuários, nas pescas, instalação de fábricas diversas, na construção e recuperação de infraestruturas como estradas, pontes, aproveitamentos hidroeléctricos, distribuição de energia eléctrica e rede de água canalizada, portos, aeroportos, estâncias turísticas, estabelecimentos de ensino e unidades hospitalares e que nos ajudem a transformar Angola num país próspero e moderno, capaz de proporcionar ao seu povo e ao mundo as melhores condições de vida", afirmou.
Passando para a educação, João Lourenço não hesitou em afirmar que "a juventude constitui o maior património de Angola", destacando assim a importância colocada em investimentos neste sector.
Já no que diz respeito ao ambiente de negócios, o PR garantiu incentivos e deixou clara a sua posição: "Dou a garantia aos investidores estrangeiros de que o ambiente de negócios em Angola tende a melhorar dia após dia (...) Se alguma legislação tiver de ser alterada ou produzida de raiz para facilitar o ambiente de negócios, vamos fazê-lo".
O esforço de recuperação pós-covid foi também uma das questões colocadas pelo moderador, à qual João Lourenço respondeu que a prioridade será "recuperar o tempo perdido" durante o período de pandemia.
Pode ler as respostas completas do Presidente João Lourenço ao moderador Carlos Lopes no painel com Tony Blair aqui.