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Instituto de Geologia disponibiliza informação geológica a investidores

O Instituto de Geologia de Angola (IGEO) tem disponível informação geológica para as empresas nacionais e estrangeiras, interessadas em investir no sector minério, incluindo dados e mapas das mais recentes pesquisas geológicas realizadas no quadro do Plano Nacional da Geologia (PLANAGEO).

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A garantia foi manifestada pelo coordenador das infra-estruturas do Instituto de Geologia (IGEO), Araújo José, que assegurou que a instituição está aberta a todas as empresas nacionais e estrangeiras para a sua potencialização a nível do sector, com vista a criação de mais empregos para os jovens.

Segundo o especialista em geologia,  o sector das minas precisa de avanços para afastar, na totalidade, o país da dependência do petróleo.

Os interessados devem apresentar a sua disponibilidade para obter as informações fiáveis do instituto, que tem realizado diferentes análises geológicas no país, refere um comunicado disponibilizado pelo Governo a que o VerAngola teve acesso.

Devido à falta de condições técnicas e paralisação do laboratório da antiga sede do IGEO, os trabalhos de análise tiveram o seu reinício nas novas infra-estruturas. 

“Já não fazíamos análises, daí que se construiu este edifício que, apesar da crise, foi concluído na totalidade”, acentuou.

José Araújo, também assessor do Presidente do Conselho de Administração do IGEO, afirmou que o Plano Nacional de Geologia tem como objectivo investigar e conhecer as riquezas existentes e a composição do solo nacional.

“Angola é rica, mas precisava de alguma coisa palpável para comprovar. Com o PLANAGEO, foi feito um levantamento geo-físico, que forneceu informações geológicas sobre a existência de muitos recursos, como o ouro, cobre e outros recursos”, anotou.

Segundo ele, os elementos químicos da tabela periódica de Mendeleev existem no País. “Muita informação era anteriormente desconhecida. Agora já sabemos de concreto o que temos”, sublinhou o especialista em geologia, dando a conhecer que os geólogos enviados no campo certificaram os dados detectados pelos equipamentos tecnológicos, com amostras todas analisadas no país.

O Laboratório de Geologia, inaugurado recentemente pelo Presidente da República, está igualmente equipado para fazer análises da água e dos solos para agricultura e construção civil. O PLANAGEO tem como objectivo a elaboração do cadastro e mapas completos dos recursos minerais existentes no país.

Com 129 equipamentos, o laboratório do IGEO, em Luanda, é manuseado por 40 técnicos, sendo 75 por cento jovens, entre os 20 e 35 anos. Os laboratórios do IGEO de Saurimo e Lubango têm 62 equipamentos cada um. O Instituto é assegurado por um número reduzido de quadros, razão pela qual existe a perspectiva de se alargar a força de trabalho para 400, nos próximos anos.

“Estes laboratórios vão dar retorno financeiro ao Estado, em função dos investimentos realizados”, assegurou Araújo José. 

As infra-estruturas dos três laboratórios, designadamente Luanda, Saurimo e Lubango, ficaram avaliadas em 62,5 milhões de dólares.

O PLANAGEO, iniciado em 2014, custou aos cofres do Estado 405 milhões de dólares e vai terminar no próximo ano. O seu encerramento estava previsto para 2017, mas foi alargado para 2021 devido à crise que assolou o país.

“O dinheiro investido admira muitos países africanos, pois é um grande trabalho que nos ajuda a perceber aquilo que apenas ouvíamos sobre o país”, disse Araújo José, sublinhando que o IGEO tem parceria com o Instituto Hídrico, sobretudo no Programa do Governo Água para Todos, efectuando furos no Cunene e Malanje, para abastecimento do precioso líquido à população.

O Instituto de Geologia tem trocado experiências com Rússia, Alemanha, Namíbia, África do Sul e China.

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