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Saúde

Governo desbloqueia verbas para serviços de hemodiálise no Lobito e Benguela

O Ministério das Finanças vai avançar com uma "solução imediata" para as dívidas que levaram à paralisação dos serviços de hemodiálise das unidades hospitalares do Lobito e Benguela, colocando em risco mais de 200 doentes.

Mark Wessels:

Embora sem concretizar, o ministério liderado por Archer Mangueira refere, em comunicado divulgado Terça-feira, que "está a trabalhar com o Ministério da Saúde para a solução imediata" deste problema, com "a atribuição de uma quota financeira" para atender os seus compromissos com as entidades prestadoras de serviço, na província de Benguela".

"Face à gravidade da situação, lamentamos o impacto desta paralisação junto dos pacientes atendidos naquelas unidades e informamos que os trabalhadores em causa não são funcionários públicos, antes estão vinculados ao quadro de pessoal das referidas empresas prestadoras de serviço", sublinha o ministério das Finanças.

A empresa, denominada de Instituto Angolano do Rim, tem um contrato com o Ministério da Saúde, para a prestação de serviço de hemodiálise.

Em Fevereiro de 2016, a empresa referia que nas clínicas de Benguela e do Lobito tinham sido tratados 358 doentes, dos quais 298 em Benguela, efectuadas 24.970 sessões de hemodiálise e recuperada a função renal a oito pacientes.

Além de Benguela, informou ainda a empresa, foram tratados nas províncias da Huíla e Kwanza Sul 60 outros doentes, apesar do "ambiente financeiro muito complicado", por dependerem da importação de todo o material de diálise e medicamentos.

No final de Outubro, o director dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, António Martins, referia que parte da dívida tinha sido, entretanto, amortizada, com a liquidação de 170 milhões de kwanzas desbloqueados pelo Ministério das Finanças.

"A direcção do ministério, fruto da situação que é muito sensível, tem estado a envidar esforços dentro das estruturas afins, na pessoa senhora da ministra da Saúde, que tem feito advocacia e dessa advocacia resultou o pagamento dos primeiros 170 milhões de kwanzas, na semana passada", disse o responsável.

De acordo com António Martins, foram já cabimentados, também da verba disponibilizada para os bens e serviços, cerca de 50 milhões de kwanzas para a resolução desta situação.

Os funcionários garantem que a verba já disponibilizada não chega para cobrir os pagamentos em atraso.

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