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Economia

Governo em roadshows para captar investidores para segunda emissão de eurobonds

O Governo pretende negociar um "reescalonamento da dívida pública e até final do ano vai realizar roadshows para cativar investidores para uma segunda emissão de eurobonds, que pode chegar aos 2000 milhões de dólares.

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As medidas inserem-se no capítulo da sustentabilidade da dívida pública do Plano Intercalar do executivo a seis meses (Outubro a Março), para melhorar a situação económica e social do país, aprovado na primeira reunião do conselho de ministros presidida pelo novo chefe de Estado, João Lourenço.

O Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 prevê que a dívida pública governamental - exceptuando a referente às empresas públicas - ascenda até final deste ano aos 62,8 mil milhões de dólares, atingindo um peso equivalente a 52,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), um máximo histórico.

Este volume de dívida, interna e externa, representa ainda um custo de 2,338 biliões de kwanzas ao Estado, equivalente a 31,6 por cento de toda a despesa pública em 2017.

Daí que o plano definido pelo Governo, agora liderado por João Lourenço, aponte desde logo o objectivo de "negociar o reescalonamento da dívida com os principais parceiros bilaterais", processo a desenvolver entre Novembro e Dezembro deste ano.

Prevê ainda a intenção de "alargar a base de investidores" em Títulos do Tesouro e a redução do peso dos títulos indexados (ao dólar) na carteira do Estado, em paralelo com uma análise à sustentabilidade da dívida pública.

Igualmente até final do ano está prevista a implementação de um roadshow junto de potenciais investidores internacionais, com vista à "emissão de ‘eurobonds'", lê-se no mesmo documento.

A Lusa noticiou em Agosto último que o Governo pretende repetir a emissão de eurobonds, ou dívida soberana em moeda estrangeira, feita em 2015, agora para captar até 2000 milhões de dólares no mercado externo.

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