Ver Angola

Cultura

Ministra quer fundo de apoio à Cultura face ao reduzido orçamento

A ministra da Cultura disse que o orçamento do sector "é dos mais pequenos e mais pobres", defendendo a criação de um "fundo para a Cultura", para apoiar a criatividade artística no país.

:

A posição foi transmitida por Carolina Cerqueira durante a cerimónia de anúncio dos vencedores do Prémio Nacional de Cultura e Artes de Angola, edição 2017, com a governante a ver esta proposta como uma possível solução.

"Temos que pensar num fundo para a Cultura, que possa apoiar a criatividade dos nossos artistas, e não situações pessoais como muitas vezes recorrerem ao Ministério da Cultura, mas questões globais", afirmou, mas sem adiantar mais pormenores sobre a ideia.

No Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017, o Governo inscreveu uma verba de 38,7 milhões de dólares para "Serviços Culturais".

Apesar de assumir que o orçamento do sector é "diminuto", Carolina Cerqueira garantiu que aquele Ministério vai "continuar a fazer advocacia" para inverter o quadro.

"Para que efectivamente tanto o sector privado como instituições públicas possam investir na Cultura", observou.

Apesar das dificuldades financeiras reconhecidas, a ministra garantiu que os valores monetários para os vencedores desta edição do Prémio angolano de Cultura e Artes estão assegurados.

"Está garantido o prémio, está no OGE deste ano e estará no OGE de 2018, mas é pago de forma gradual, porque além de pagarmos os laureados também temos que pagar ao júri", explicou.

Num olhar as novas modalidades introduzidas na 17.ª edição do Prémio de Cultura e Artes, como a categoria das festas populares, que premiou as centenárias "Festividades da Nossa Senhora do Monte", no Lubango, a governante assinalou a relevância das inovações.

"É para nós muito merecedor o facto de aparecerem as festividades populares, porque vai de encontro ao nosso princípio da municipalização da Cultura e com a génese e realidade do dia-a-dia do nosso povo. E aqui chamaríamos a atenção para a questão do turismo religioso", referiu.

Por sua vez o presidente do júri do Prémio Nacional de Cultura e Artes edição 2017, Virgílio Coelho, disse que o corpo de jurado "trabalhou afincadamente para responder às orientações traçadas", lamentando ainda "dificuldades financeiras" vividas.

"Infelizmente, por questões financeiras, o júri não teve possibilidade de se deslocar pelo interior do país. Foi um ano difícil, mas o júri trabalhou no sentido de encontrar os criadores agora indicados para o prémio nas várias disciplinas", sublinhou.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.