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PM italiano apadrinha em Luanda negócio entre ENI e Sonangol

A petrolífera italiana ENI ficou com os direitos da Sonangol num campo petrolífero no enclave de Cabinda, passando ainda a ser operadora, conforme acordo assinado Segunda-feira em Luanda, na presença do primeiro-ministro italiano e do Presidente João Lourenço.

ENI:

Segundo informação disponibilizada à Lusa pela petrolífera italiana, o acordo foi assinado pelos administradores da ENI, Claudio Descalzi, e da Sonangol, Carlos Saturnino, no âmbito da visita de 24 horas a Angola, do primeiro-ministro Paolo Gentiloni, que foi o primeiro chefe de Governo ocidental a ser recebido pelo novo Presidente João Lourenço.

Em causa, neste acordo, está a operação no denominado bloco Cabinda Norte, no ‘onshore’ daquele enclave, no qual a ENI detinha até agora uma participação de 15 por cento, operado antes pela Sonangol, com 30 por cento e integrando ainda a Teikoku (17 por cento), Soco (17 por cento) e China Sonangol (11 por cento).

A ACREP - Exploração Petrolífera, empresa de direito angolano e que era participada pela portuguesa Sociedade Lusa de Negócios (SLN) - que entretanto passou a Galilei, do grupo do ex-Banco Português de Negócios (BPN)-, detém uma percentagem de 10 por cento neste bloco.

Ambas as petrolíferas não adiantaram valores envolvidos neste negócio ou outros pormenores.

De acordo com a informação da ENI, trata-se de um bloco localizado numa "pequena bacia petrolífera" de Cabinda, cuja produção aquela petrolífera italiana pretende "alavancar", através do conhecimento "adquirido em actividades numa área vizinha na República de Congo".

"No caso de descobertas significativas, a produção será facilitada pela infraestrutura existente", explica a petrolífera italiana.

As administrações da ENI e da Sonangol assinaram ainda um memorando de entendimento para definir "projectos conjuntos em toda a cadeia de valor do sector de energia".

Prevê, nomeadamente, "a avaliação dos recursos de gás associados e não associados no mercado ‘offshore’ de Angola, a ser negociado nos mercados doméstico e internacional", bem como "a optimização das actividades de exploração e a identificação de novas oportunidades para a exploração conjunta".

As duas petrolíferas vão ainda estudar "medidas de optimização no sector de refinação e comercialização em Angola", bem como avaliar "oportunidades no sector de energia renovável e, em particular, em energia fotovoltaica".

"Esses acordos ampliam o alcance das actividades da ENI em Angola e fortalecem sua presença no país, ao mesmo tempo que consolidam a aliança estratégica com a Sonangol", garante a petrolífera italiana.

Em Angola, a ENI garante a produção diária de 155.000 barris de crude.

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