A informação foi avançada pelo novo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, num encontro com empresários sul-africanos durante a visita de Estado de três dias que o Presidente João Lourenço realizou a Pretória.
De acordo com Carlos Saturnino, que este mês substituiu Isabel dos Santos à frente da petrolífera estatal, a Sonangol definiu que o mês de Dezembro é o prazo para receber propostas. "Durante o primeiro trimestre de 2018 [a empresa vai] seleccionar e tomar a decisão, com quem discutir, com quem negociar e com quem trabalhar para a refinaria de grande porte", explicou.
A 16 de Novembro, em Luanda, o Presidente tinha avisado a nova administração da Sonangol para a necessidade de construir uma refinaria no país, para reduzir as importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito pela direcção de Isabel dos Santos.
A posição de João Lourenço foi assumida na cerimónia de posse da nova administração da Sonangol e, embora sem se referir directamente à construção de uma refinaria no Lobito, projecto estatal que a petrolífera suspendeu em Junho de 2016, o chefe de Estado afirmou que "tão logo quanto o possível" o país deve "poder contar com uma ou mais refinarias".
"Não faz sentido que um país produtor de petróleo, com os níveis de produção que tem hoje e que teve no passado, continue a viver quase que exclusivamente da importação dos produtos refinados", apontou.
Atualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia.