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Saúde

Associação alerta para riscos e agravamento da prevalência do HIV em Angola

A prevalência do HIV/Sida em Angola permanece em níveis preocupantes, estimando-se em 2,4 por cento da população, cenário que uma organização não-governamental angolana de combate à doença prevê que possa ser dramático nos próximos anos.

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Em comunicado emitido esta Quarta-feira, em alusão ao dia mundial de combate à Sida, que se assinala Quinta-feira, a Rede Angolana das Sociedades de Serviços de Sida (Anaso), refere que Angola é um país com uma epidemia generalizada, sendo as relações sexuais desprotegidas a principal via de transmissão do vírus, que afecta sobretudo mulheres.

No documento assinala-se que a luta contra a doença no país já leva mais de 30 anos, com ganhos significativos, mas que ainda é necessário "fazer muito mais".

"O actual quadro caracteriza-se pela redução das campanhas públicas, redução das acções de apoio às pessoas vivendo com VIH, escassez de anti-retrovirais, poucos fundos disponíveis, fraco envolvimento das figuras públicas e fraca liderança", refere a nota.

"A situação continua preocupante e se nada for feito nos próximos cinco anos vamos evoluir para uma situação dramática", aponta a organização sobre a evolução da doença no país.

Acrescenta que Angola assumiu o compromisso na nova estratégia de combate à doença de redobrar os esforços e coordenar melhor a resposta multissectorial, através da reactivação da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida e Grandes Endemias, para atingir 90 por cento de seropositivos testados, 90 por cento de pessoas testadas em tratamento e 90 por cento de pessoas em tratamento com supressão de carga viral.

"O nosso compromisso para o futuro assenta na redução de novas infecções em adolescentes, redução do estigma e discriminação, mitigação do impacto do HIV/Sida nas populações chaves, melhorar a comunicação e o envolvimento dos sectores sociais chaves e melhorar a coordenação da resposta nacional do HIV/Sida com todos os parceiros", sublinha o comunicado daquela organização.

A Anaso adianta que novas infecções pelo HIV continuam a crescer no país e o número de mortes relacionadas à Sida continua a aumentar, sem no entanto referir-se a números.

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