De acordo com uma informação prestada esta Quarta-feira à agência Lusa pelo Ministério das Finanças, a delegação do FMI, chefiada pelo economista brasileiro Ricardo Velloso, vai manter, até 17 de Novembro, reuniões com elementos do Governo e da administração de várias empresas públicas, ao abrigo dos contactos bilaterais anuais (Artigo IV).
A agenda desta missão do FMI - que surge quatro meses após o Governo ter recusado um programa de assistência que antes pediu à instituição, aquando do agravamento da quebra da cotação do petróleo, no primeiro semestre do ano - prevê a discussão com as autoridades da evolução do quadro fiscal e da dívida pública, bem como "os últimos desenvolvimentos do sector bancário" ou os pressupostos para Orçamento Geral de Estado (OGE) para o ano fiscal de 2017.
Segundo o Ministério das Finanças, nestas reuniões com a missão do FMI serão também analisadas as projecções dos indicadores económicos para 2017, bem como estimativas para o crescimento do sector petrolífero e não petrolífero.
A missão do FMI presente em Luanda vai ainda discutir com a equipa económica governamental "aspectos ligados" às operações do Governo no mercado de títulos e cambial, a gestão das reservas internacionais líquidas, a gestão da tesouraria, "incluindo a evolução das contas a pagar e pagamentos atrasados", entre outros assuntos.