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Projecto para candidatar corredor do Kwanza a património cultural da UNESCO vai avançar

Manuel Vicente defendeu a necessidade de "conservar e valorizar" as marcas físicas do passado colonial português, nomeadamente no corredor do rio Kwanza, que o nosso país pretende candidatar a património da UNESCO.

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O vice-Presidente discursava em Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte, onde presidiu às comemorações oficiais dos 41 anos da independência de Angola, tendo destacado a oposição que aquela região do país sempre demonstrou ao colonialismo português ao longo da história.

"Momentos inesquecíveis de grande exaltação patriótica que nos devem inspirar no presente para construirmos todos, em conjunto, uma nação desenvolvida, democrática, justa e moderna", enfatizou.

Recordou que o corredor do Kwanza, o mais importante rio de Angola, "foi a primeira e principal via de penetração do colonialismo" no país, como atestam os "inúmeros fortes, fortalezas e igrejas" construídos pelos portugueses durante séculos.

"Eles foram, no entanto, insuficientes para vergar a sua população, que nunca admitiu ser subjugada por ninguém vindo do exterior. É um símbolo de transcendente importância que o túmulo da heróica resistente rainha Njinga Mbandi se encontra situado nesta província", reconheceu.

Recordou que Angola tem um projecto para candidatar o corredor do Kwanza à lista do património cultural da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), destacando-se o seu simbolismo na dinâmica histórica, cultural e comercial.

Aquele corredor era utilizado pelos povos locais e com a chegada dos portugueses passou a ser uma rota para a introdução do cristianismo, tendo igualmente potenciado o ‘negócio' dos escravos.

"É preciso também conservar e valorizar as marcas físicas do passado colonial", disse Manuel Vicente, apontando como exemplo as fortalezas e igrejas do longo do Kwanza, "para que tanto os nacionais como os estrangeiros possam aprofundar conhecimentos da nossa história".

Perante a ideia de levar o corredor do Kwanza à lista do património da UNESCO, o vice-Presidente da República destacou ser urgente melhorar as vias de acesso da província.

"Não visa apenas permitir o relançamento da agricultura [da província], mas também da actividade turística", disse, perante milhares de pessoas, no centro da Ndalatando, que até à independência do colonialismo português se chamava Vila Salazar.

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