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Museu de História Natural quer aumentar visitas com novos espaços

O Museu Nacional de História Natural de Angola ganhou novos espaços para exposições temporárias e permanentes, melhoria que espera permitir aumentar os 6000 visitantes mensais que registava há quatro anos, antes do seu fecho para obras.

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O edifício, transferido para as actuais instalações, no centro de Luanda, em 1956, reabriu este fim-de-semana as suas portas ao público, depois de quatro anos encerrado para trabalhos de reabilitação, acto que contou com a presença dos ministros da Cultura, Carolina Cerqueira, e da Educação, Pinda Simão.

Em declarações à imprensa, Carolina Cerqueira manifestou o seu regozijo pela reabertura do espaço, que contém secções de etnografia. História, zoologia, botânica, geologia, economia e arte, com um acervo constituído por moluscos, peixes, aves, fósseis, insectos, anfíbios e répteis e mamíferos.

Carolina Cerqueira referiu que o museu serve de espaço para socialização e disseminação da cultura nacional, sendo a visita gratuita a jovens estudantes e a pessoas da terceira idade.

Acrescentou que há um programa de melhoria dos serviços e exposições para o futuro, o que poderá atrair para o espaço um maior número de visitantes dos 6024 registados mensalmente até 2012.

"Vamos pensar noutros serviços, porque geralmente os museus têm um centro pequenino que vende artesanato, postais, uma cafetaria, vamos trabalhar, ver se conseguimos fundos através da diversificação, porque sabemos que o OGE [Orçamento Geral do Estado] não vai ser suficiente devido a condicionalismos económico e financeiro, mas vamos ser criativos, vamos criar formas de suprir essas dificuldades", adiantou a ministra. Acrescentou que o orçamento destinado aos museus é insuficiente para os programas que existem.

Anunciou que está igualmente prevista a reabertura no dia 15 deste mês do Museu de Antropologia, em Luanda, depois de obras de requalificação. "Temos em Angola oito museus, neste momento temos uns três ou quatro museus encerrados por condicionalismos vários, a nível de todo o país, mas na próxima semana vamos reabrir o Museu de Antropologia, que era o museu que estava encerrado para obras de benfeitoria. São museus do tempo colonial, degradaram, houve problemas de infra-estruturas, o executivo investiu muito para a sua reabilitação, vamos ter um depósito completamente novo, modernizado no Museu de Antropologia", frisou.

A titular da pasta da Cultura avançou que a reabertura do Museu do Dundo, na província da Lunda Norte, está para breve, face ao peso que possui no contexto da cultura e da valorização cultural na região leste do país.

Por sua vez, o director nacional dos museus, Ziva Domingos, informou que o acervo do Museu de História Natural de Angola é do tempo colonial, mas contou com um enriquecimento desde a independência do país em 1976 através de parcerias com o Ministério das Pescas e a Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto.

Sobre o roubo de acervo nos museus, Ziva Domingos frisou que diminuiu a tendência comparativamente a década de 1990, devido ao nível de formação dos técnicos, agora com uma melhor compreensão sobre a importância do espólio para a cultura angolana.

"Hoje temos uma satisfação da segurança ao nível do acervo dos nossos museus. Roubos houve sim, de facto é preciso que se trabalhe num programa do resgate deste acervo para o país, mas é um processo complexo, mas é preciso começar", disse.

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