Os dados constam de relatórios do Ministério das Finanças compilados pela agência Lusa, que comparam com os 74.462 milhões de kwanzas (448 milhões de dólares) arrecadados em Setembro e um peso de 63 por cento no encaixe fiscal nacional com a venda de petróleo.
Desta forma, as receitas contabilizadas pela Sonangol com a exportação de crude subiram 13 por cento entre Setembro e Outubro, praticamente igualando o melhor registo do ano, atingido em Junho.
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola passou em Junho a ter Isabel dos Santos como presidente do Conselho de Administração, no âmbito do processo de reestruturação do maior grupo empresarial angolano.
O valor mais baixo do ano em termos de receita arrecadada pela Sonangol registou-se em Março, com 45.722 milhões de kwanzas (274 milhões de dólares).
O relatório do Ministério das Finanças relativo a Outubro indica que a Sonangol teve receitas em nove das 12 concessões petrolíferas contabilizadas no documento.
Desde Janeiro, a Sonangol já garantiu, directamente, receitas para o Estado no valor de 683.074 milhões de kwanzas, quando o Governo previa para todo o ano mais de 968 mil milhões de kwanzas.
O barril de petróleo bruto exportado por Angola atingiu em Outubro o segundo melhor preço do ano, cerca de 45,6 dólares, mas as receitas fiscais totais caíram, face a Setembro, para 117.891 milhões de kwanzas.
Segundo dados do Ministério das Finanças, Angola exportou em Outubro 47.392.178 barris de petróleo, menos 8.683.297 face a Setembro, mas com cada barril a ser vendido quase cinco dólares mais caro.
A cotação do barril de petróleo bruto vendido aproximou-se do melhor registo do ano, verificado em Junho, então acima dos 46,6 dólares.
O barril exportado por Angola no primeiro semestre do ano chegou a valer apenas 28 dólares, contra os 45 dólares que o Governo previa arrecadar, segundo o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, que na revisão aprovada na Assembleia Nacional desceu para 41 dólares (média esperada para todo o ano para cada barril exportado).