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Sete meses depois, Nigéria ultrapassa Angola como maior produtor africano de petróleo

A Nigéria voltou em Outubro a ultrapassar Angola como maior produtor africano de petróleo, ao fim de sete meses de liderança, devido à diminuição, no espaço de um mês, de 165 mil barris de crude por dia na produção nacional.

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A informação, que resulta de fontes secundárias, consta do relatório com os dados de Outubro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), divulgado esta Sexta-feira, e reflecte a segunda quebra consecutiva mensal na produção angolana, que no mês passado desceu para 1,586 milhões de barris por dia.

Já a Nigéria garantiu em Outubro uma produção diária equivalente a 1,628 milhões de barris de petróleo. O país começou 2016 - e como nos acumulados de anos anteriores - a liderar a lista africana, com 1,853 milhões de barris diários (contra os 1,742 milhões de Angola), mas viu a produção descer até aos 1,444 milhões em Maio, o valor mais baixo do ano, segundo a OPEP.

Após sete meses no segundo lugar, a produção nigeriana deu um salto de 170,2 mil barris por dia em Outubro, destronando Angola na liderança entre os países da OPEP em África.

A produção na Nigéria tem sido condicionada por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna, sobretudo no primeiro semestre, mas desde Agosto que tem vindo progressivamente a aumentar.

O nosso país enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas. Em menos de dois anos, o país viu o barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre deste ano, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças.

Segundo a mesma informação, o país produziu em média, no primeiro semestre do ano, 1,77 milhões de barris de crude por dia.

O relatório da OPEP libertado Sexta-feira, mas neste caso com dados referentes a Setembro, indica que Angola foi o principal fornecedor de petróleo da China naquele mês, com uma quota de 13 por cento do total das compras chinesas de crude (8,1 milhões de barris por dia), seguida do Iraque e da Rússia (12 por cento).

Só as exportações angolanas de petróleo com destino à China aumentaram 250 mil barris por dia em Setembro, refere a OPEP.

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