Em causa estão os blocos 20/11 e 21/09, ao largo de Luanda, cuja venda da respectiva participação a Cobalt International diz estar "activamente" a tentar vender: "A companhia está agradada com o nível de interesse da indústria nestes ricos activos líquidos", lê-se numa informação da petrolífera, com data de 1 de Novembro e à qual a Lusa teve acesso esta Quinta-feira.
Esta venda - que a Cobalt confirma continuar por concretizar - foi anunciada em Agosto de 2015 e envolvia a sua aquisição por 1750 milhões de dólares pela petrolífera Sonangol.
Esse negócio nunca se concretizou, por falta de aval do Governo, e culminou no final de Julho último, com a presidente do conselho de administração da Sonangol, Isabel dos Santos, a confirmar que a venda dos ativos será a uma "terceira parte", e não à petrolífera, que está em processo de reestruturação devido à crise no sector.
A 18 de Agosto foi noticiado que as acções da petrolífera norte-americana subiram, só nesse dia, 28 por cento, o maior valor nos últimos quatro anos, perante rumores de que a venda da operação em Angola podia estar para breve.
A Cobalt detém uma participação maioritária de 40 por cento no bloco 20/11, face aos actuais 30 por cento da Sonangol e outros 30 por cento da BP, enquanto no bloco 21/09 a empresa pública detém 60 por cento e a petrolífera norte-americana 40 por cento.