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Economist diz que Angola tem um "ano duro pela frente"

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que o Governo de Angola "tem um ano duro pela frente" porque vai ter de responder às expectativas da população apesar de ter menos receitas fiscais e espaço de manobra.

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"O Governo tem um ano duro pela frente, porque vai ter de responder às expectativas cada vez maiores, mas tem um nível de receitas mais baixo e menos espaço de manobra orçamental", escrevem os analistas da unidade de análise económica da revista britânica 'The Economis'.

Numa análise ao Orçamento do Estado para 2016, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a EIU apresenta alguns dos números do exercício para o próximo ano e critica a redução do montante percentual para o desenvolvimento económico, que desceu para 13,17 por cento, menos de metade do ano anterior.

"Esta alocação de verbas, resultado da descida das receitas do petróleo, é possivelmente um movimento que mostra 'vistas curtas', dada a necessidade maior do que nunca do país diversificar a sua economia e afastar-se do petróleo", dizem os analistas, que antecipam um défice orçamental de 5,8 por cento este ano, acima da previsão de 4,2 por cento de défice pelo Governo, este ano.

Considerando que suster a inflação vai ser uma tarefa difícil, que deverá duplicar para perto de 15 por cento até ao final deste ano, os analistas da Economist chamam a atenção para a necessidade de não ser demasiado brusco nos cortes no sector público, que classificam de "inflacionado e ineficiente".

Outra das preocupações prende-se com a "fraca gestão orçamental, que é um factor subjacente à tendência de Angola para acumular atrasos nos pagamentos do Estado".

Este ano, diz EIU, não houve notícia de grandes atrasos, mas isto deve ter acontecido devido à revisão do Orçamento, em Fevereiro, que originou um corte na despesa face à queda do preço do petróleo, "mas dada a dimensão da redução da receita e a lentidão administrativa, os atrasos são muito prováveis, e se forem grande vão adicionar pressão à crescente dívida pública do Governo".

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