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Reservas renovam mínimos em Outubro e já caíram quase 13 por cento este ano

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) angolanas renovaram em Outubro valores mínimos de vários meses, fixando-se em 23.412 milhões de dólares, e já caíram 13 por cento desde o início do ano.

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Segundo dados mensais do Banco Nacional de Angola (BNA) compilados pela agência Lusa, depois de quedas consecutivas, estas reservas tinham subido de Julho para Agosto, mas voltaram às quebras, para mínimos de vários anos, em Setembro e agora em Outubro.

Entre Janeiro e Outubro, Angola viu estas reservas, necessárias para garantir nomeadamente as importações nacionais de matéria-prima ou de alimentos, reduzirem-se em 12,8 por cento, fruto da crise da cotação internacional do petróleo, que diminuiu as receitas angolanas e a entrada de divisas no país.

No total, estas reservas perderam 3,4 mil milhões de dólares em nove meses, segundo cálculos feitos pela Lusa. Só entre Setembro e Outubro, de acordo com os mesmos números, estas reservas desceram 1,5 por cento.

De acordo com dados disponibilizados pelo BNA, as RIL eram de 27.276 milhões de dólares em 2014, de 31.154 milhões de dólares em 2013, de 30.828 milhões de dólares em 2012 e de 26.321 milhões de dólares em 2011.

Na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, aprovado em Março e que surgiu face à forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o executivo angolano já previa uma descida dessas reservas para garantir cinco meses de importações, face à média anterior de seis meses.

Contudo, o Governo admite agora terminar o ano de 2015 com reservas necessárias para garantir mais de seis meses de importações.

As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

Incluem-se ainda as reservas angolanas de ouro, que em Outubro aumentaram para 91.625 milhões de kwanzas.

Na crise petrolífera de 2009, as RIL angolanas reduziram-se até aos 13 mil milhões de dólares, o que obrigou o Governo a pedir um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional no valor de 1.375 milhões de dólares.

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