Os indicadores, compilados pela agência Lusa, resultam da análise ao relatório de fundamentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2016, um ano em que o Estado vai voltar a apertar o cinto da austeridade, devido à crise da cotação do petróleo, prevendo um défice nas contas públicas de 781 mil milhões de kwanzas.
O documento, com apreciação e votação na generalidade na Assembleia Nacional agendada para 17 de Novembro, recorda que as contas angolanas somaram défices em 2015, estimado em 806,5 mil milhões de kwanzas, e no ano de 2014, de 819,4 mil milhões de kwanzas. O último ano de saldo positivo nas contas públicas de Angola foi 2013, com 32,2 mil milhões de kwanzas.
Na origem dos défices de 2015 (4,2 por cento) e 2016 (5,5 por cento) está a crise da cotação do petróleo no mercado internacional, em quebra há mais de um ano, o que fez as receitas angolanas com a exportação de crude a caírem para metade.
Orçado em 6,429 biliões de kwanzas, o OGE para o próximo ano prevê um crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3 por cento, metade do estimado em Março para 2015.
Ainda segundo o documento, e excluindo empréstimos e serviço da dívida, o Estado prevê gastar no próximo ano 4,295 biliões de kwanzas, e cobrar apenas 3,514 biliões de kwanzas.