A realizar pelo terceiro ano, a campanha decorre durante dois dias e alarga em 2015 a área de recolha, que vai agora de super e hipermercados no centro da cidade até à periferia de Luanda.
"Na primeira campanha tivemos 116 voluntários, na segunda passou para 84 e nesta tenho de ter pelo menos 300. Quadruplicámos a área da primeira e da segunda campanha, passámos de oito para 27 estabelecimentos, o que é um salto de paraquedas com hélice", disse hoje à Lusa Henrique Nunes, fundador do Banco Alimentar Angola.
Além do apoio de voluntários que colaboram com a instituição, que se ressente este ano com a diminuição de colaboradores expatriados, a operação vai contar, entre sábado e domingo, com escuteiros em 80 por cento dos pontos de recolha de alimentos e colaborando no armazenamento e distribuição dos bens.
"Esperámos que o número de locais e de dias de recolha possa ultrapassar duas ou três vezes o que já recolhemos numa só campanha. Quero pensar que a crise passou ao lado de toda a gente que vai à campanha e que vamos conseguir recolher 30 toneladas", disse ainda Henrique Nunes.
O objectivo da campanha é distribuir posteriormente alimentos pela população mais carenciada, num ano marcado pela forte crise em Angola, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo.
A distribuição dos alimentos será feita por instituições de solidariedade social identificadas pelo Banco Alimentar como certificadas para avaliarem a real situação de carência alimentar das pessoas objecto da sua assistência.
Beneficiam deste apoio o Centro de Acolhimento de Crianças Arnaldo Jansson, a Associação de Amizade e Solidariedade para com a 3.ª idade, o Centro de Acolhimento de Meninas Horizonte Azul, o Centro da Nossa Senhora da Boa Nova, o Centro Social Santa Bárbara, Obra Dom Bosco e a Obra Divina Providência.