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Presidente do BIC: Euro pode juntar-se ao dólar como uma das principais moedas em Angola

O presidente do Banco BIC, o maior banco angolano em número de balcões, considera que o euro pode juntar-se ao dólar como uma das principais moedas em Angola depois do kwanza ter caído 34 por cento este ano.

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"Estamos a aconselhar os nossos clientes a usarem mais euros, rands e até renminbis", disse o presidente executivo do BIC, citado pela agência Bloomberg, numa conversa em que considerou também que os euros podem ser uma das moedas de referência em Angola.

De acordo com Fernando Teles, a transição do dólar para o euro, ou pelo menos o aumento da importância do euro na economia angolana, é potenciado pelas ligações históricas do país a Portugal, país que está na zona euro.

O artigo da Bloomberg explica ainda que "em Angola, país que viu a sua moeda cair 34 por cento face ao dólar desde o início do ano na taxa oficial, as notas americanas são usadas para comprar carros, casas e bens importados" e acrescenta que nas ruas de Luanda um dólar chega a valer 270 kwanzas, um aumento de 17 por cento face aos valores de Setembro no mercado informal da capital angolana, quando um dólar era trocado por 230 kwanzas.

"Vai continuar a haver moeda estrangeira nas ruas, incluindo notas de dólar, mas a tendência é para os clientes usarem mais cartões de crédito e fazerem mais transferências bancárias", disse Teles, notando que os bancos angolanos estão a discutir várias soluções para compensar a falta de dólares, mas sem avançar quais.

De acordo com o Banco Rand Merchant, uma unidade do sul-africano FirstRand, o fornecimento de dólares a bancos angolanos será descontinuado a partir da próxima segunda-feira porque o banco norte-americano que fornece os dólares avisou no final de Outubro que deixará de entregar notas até ao final do mês, sem apresentar o motivo para esta alteração, e acrescentando que não tem capacidade para substituir a entrega aos bancos angolanos de dólares por euros.

Ao contrário do BAI, o BIC limita os levantamentos diários dos clientes a 2.500 dólares. A injecção de divisas nos bancos comerciais angolanos aumentou quase 60 por cento na última semana, para 332,7 milhões de dólares, informou o Banco Nacional de Angola (BNA).

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