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Fábrica chinesa de cimento vai vender electricidade à rede pública de Luanda

A fábrica de cimento que o grupo chinês CIF possui em Luanda vai passar a fornecer 50 MegaWatts (MW) de energia à rede pública angolana, de forma a reduzir o actual défice eléctrico na província capital.

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A decisão consta de um despacho presidencial de 3 de Novembro, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, autorizando o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) a ser celebrado com o grupo China International Fund (CIF), na qualidade de produtor independente, através da fábrica de cimento do Bom Jesus, nos arredores de Luanda.

Este contrato para venda de electricidade gerada pela fábrica - não é referido o método de produção - será por 10 anos, mas não são adiantados os valores envolvidos na aquisição de electricidade, que será feita pela empresa estatal angolana Rede Nacional de Transporte.

"Tendo em conta que os estudos realizados para avaliar a relação de oferta e procura de energia eléctrica para a região de Luanda indicam a existência de um défice na ordem dos 400MW, até à entrada em operação dos projectos estruturantes de produção em curso", justifica o despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, autorizando o contrato com a CIF.

Para suprir o défice energético no país, e não apenas em Luanda, o Governo angolano tem em curso vários projectos que vão elevar a produção nacional, nomeadamente obras em duas barragens, a cargo da construtora brasileira Odebrecht.

É o caso do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, no município de Cambambe (Cuanza Norte), no valor de 4,3 mil milhões de dólares, envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, e que a partir de 2017 vai produzir 2.070 MW e servir cinco milhões de pessoas.

Outra das obras envolve o reforço da potência do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe, no mesmo município, que vai passar dos actuais 180 MW - desde a inauguração em 1963, no tempo colonial português - para 700 MW e que entra em funcionamento, faseadamente, durante o segundo semestre de 2016.

Já a futura central de ciclo combinado do Soyo, cuja construção está a cargo do grupo China Machinery Engineering Corporation (CMEC), e que vai custar ao Estado angolano cerca de 850 milhões de euros, permitirá garantir electricidade à capital, Luanda, e ao norte de Angola até 2017, conforme anunciou este ano o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

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