Ver Angola

Política

Frente Patriótica Unida condena assassinatos políticos em Moçambique

A Frente Patriótica Unida (FPU), plataforma política, condenou esta Quarta-feira, “nos termos mais veementes e enérgicos” o que apelidou de assassinatos políticos do advogado Elvino Dias e Paulo Guambe, mandatário do partido Podemos, em Moçambique.

: Paulo Novais/Lusa
Paulo Novais/Lusa  

A posição vem expressa numa declaração da FPU sobre a situação política de Angola, lida pelo coordenador da plataforma e líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior.

"Estes assassinatos são um acto de desespero do regime perante a onda avassaladora de apoio dos cidadãos moçambicanos, nomeadamente os mais jovens, ao movimento de alternância democrática em Moçambique", disse Adalberto Costa Júnior.

Adalberto Costa Júnior encontrava-se acompanhado pelo coordenador-adjunto da FPU, Abel Chivukukuvuku, do PRA-JA Servir Angola, por Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, e Francisco Viana, membro da sociedade civil, que integram esta plataforma política criada por altura das eleições gerais de 2022.

Para a FPU, este duplo homicídio "é também a confirmação da vitória de Venâncio Mondlane, que se reclama justamente vencedor do pleito eleitoral de 9 de Outubro e é ainda a confissão pública de que Elvino Dias era considerado intrépido e determinado causídico, que detinha fortes provas da fraude e que seria uma peça-chave na luta pela verdade eleitoral que incomoda o regime".

"A Frente Patriótica Unida insta as instituições angolanas e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) a pronunciarem-se sobre os atentados à vida, sobre as restrições às liberdades de manifestação e desvirtualização da verdade eleitoral", disse Adalberto Costa Júnior.

Esta plataforma política manifestou solidariedade ao povo moçambicano, "na certeza que a sua luta pela alternância democrática" é também a luta dos angolanos "e a de todos os povos africanos, pela liberdade, pelo desenvolvimento e justiça social".

Por sua vez, Francisco Viana, coordenador do projecto cívico Nova Angola, apelou ao Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a pronunciar-se sobre a situação de Moçambique.

Segundo Francisco Viana, Moçambique está a passar por uma situação que Angola já passou: "o problema de roubo de voto, um problema de terrorismo de Estado".

"Senhor Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu pai foi governador em Moçambique, o senhor é um homem que toda hora diz que é de Moçambique, esqueceu-se de Moçambique? Ou acha que Moçambique tem que ter o terrorismo de Estado que está a acontecer neste momento?", questionou Francisco Viana.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.