Ver Angola

Cultura

Prémio de cultura e artes distingue Dionísio Rocha e “Mestre Petchú”

O Prémio Nacional de Cultura e Artes distinguiu, na categoria da música, o artista Dionísio Rocha pela sua longa carreira e versatilidade, e na dança Pedro Vieira Dias Tomás “Mestre Petchú”, “pela explosão universal da kizomba”.

: Dionísio Rocha
Dionísio Rocha  

Dionísio Rocha, de 79 anos, com uma carreira iniciada em 1950, segundo o grupo de júri foi também merecedor deste prémio pelo contributo para a pesquisa, investigação e divulgação da música angolana e da cultura nacional.

Já o bailarino, coreógrafo e professor de dança "Mestre Petchú", de 57 anos, natural de Luanda e residente em Portugal há mais de 26 anos, com 46 anos de carreira artística, foi premiado por ser "a figura mais conceituada e representativa das danças angolanas na diáspora", com destaque para a Kizomba, "com a sua metodologia própria".

Na categoria das artes visuais e plásticas foi distinguido o artista Joaquim Pedro Teixeira "Tchombé", pela sua coerência e tenacidade, pela afirmação granjeada na arena das artes plásticas angolanas, pelo rigor técnico empregue nas suas obras, por ser um interpretador nato das vivências do seu povo e, navegador de outras esferas.

No cinema e audiovisual, a Produtora Diamond Films, que vem se destacando nos últimos três anos no mercado, foi a vencedora, pela sua consistência na produção, "que tem tido um impacto positivo em toda a cadeia de valor cinematográfica".

Carlos Ferreira "Casse", poeta, jornalista e letrista, natural de Luanda, de 64 anos, foi o vencedor na categoria literatura, "por o seu projecto artístico enlaçar poética e outras esferas da cultura, forjando a relação entre literatura e jornalismo, construindo, assim, um espaço de investigação histórica, tal como da arte pela educação e educação pela arte".

No teatro, o grupo Colectivo de Artes Ombaka foi premiado pelo conjunto da sua obra e trajectória artística, que resulta da sua ininterrupta apresentação desde a sua fundação a 5 de Março de 2005.

Para as Ciências Humanas e Sociais foi distinguida a obra "Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias", de Maurício Francisco Caetano "Mafrano", que nasceu no Dondo, em 1916, e faleceu, em 1982, pelo impacto significativo na documentação e interpretação das tradições Bantu, preservando e documentando a sua rica herança cultural e estabelecendo conexões com outras culturas.

De acordo com o grupo de júri, esta obra de Mafrano contribui para uma compreensão mais abrangente da antropologia cultural.

O Prémio Nacional da Cultura de Artes, que vai na sua 25.ª edição, compreende as categorias de Literatura, Artes Visuais e Plásticas, Teatro, Dança, Música, Cinema e Audiovisual e Ciências Humanas e Sociais, contando com um júri constituído por 14 pessoas.

Este prémio, instituído a 30 de Junho de 2000, é a mais importante distinção do Estado, que visa incentivar a criação artística e cultural, bem como a investigação científica no domínio das ciências humanas e sociais.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.