Angola – que faz parte do conjunto de países de baixo rendimento – é o país que apresenta maior taxa de empreendedorismo, fixada em 53,4 por cento, revela o documento, divulgado no site do GEM e citado pela Angop.
Em seguida surgem a Guatemala, país de rendimento médio, e o Panamá, país de rendimento elevado, com taxas de 29,4 por cento e 27,9 por cento, respectivamente.
Mais de metade dos inquiridos (77 por cento), adianta o relatório – que faz uma análise à actividade empreendedora em meia centena de nações –, dizem haver facilidade na abertura de um negócio em território angolano, o que acaba por posicionar Angola perto de países como a Suécia, Polónia ou Índia, que apresentam percentagens de 80, 79 e 78 por cento, respectivamente.
Segundo o relatório, citado pela Angop, também mais de metade dos cidadãos nacionais inquiridos (78 por cento) manifestaram pretensões de abertura de um negócio nos próximos três anos, tendo em conta que os processos para tal se assumem como "bastante simples".
Os dados revelam igualmente que 90 por cento dos mais de 2100 empresários nacionais (um total de 2148) que contribuíram para a pesquisa disseram ter avançado com a criação de negócios para subsistir, visto que as ofertas são escassas.
Assim, o alto grau de desemprego é o principal impulsionador do empreendedorismo: "O elevado nível de desemprego é o principal factor de crescimento do empreendedorismo no país, pois impulsiona as pessoas a criarem empresas", refere o relatório, citado pela Angop.