De acordo com a nota de informação estatística sobre o crédito do Banco Nacional de Angola (BNA), consultada esta Terça-feira pela Lusa, 89,63 por cento do crédito, neste período, representava o endividamento do sector privado e o restante o endividamento do sector público.
O endividamento do sector público não financeiro totalizou 605,52 mil milhões de kwanzas, dos quais 48,96 por cento referentes à administração pública e 51,04 por cento às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo registou-se um crescimento de 231 mil milhões de kwanzas.
Em relação ao sector privado, o endividamento registou um aumento de 780,12 mil milhões de kwanzas, ao passar de 4,45 bilhões de kwanzas em Setembro de 2022 para 5,23 biliões de kwanzas em Setembro de 2023.
Segundo o BNA, relativamente à economia real, o crédito bruto ao sector não financeiro alocado, em Setembro de 2023, registou um aumento de 356 mil milhões de kwanzas, impulsionado principalmente pelo incremento do investimento nas indústrias extractivas.
O peso do crédito bruto à economia real sobre a carteira total do crédito bancário aumentou 1,03 pontos percentuais comparativamente ao período homólogo, cifrando-se em 22,26 por cento em Setembro passado.
"Entretanto, destaca-se o facto de nos últimos cinco anos, registar-se um acréscimo considerável de 8,65 pontos percentuais quando comparado com os 13,61 por cento registados em Setembro de 2019, fruto dos esforços empreendidos para a promoção do crédito destinado ao incremento da produção nacional", refere-se na nota.
O banco central salienta ainda que o total do crédito vigente no âmbito dos avisos do BNA de fomento à economia real totalizou 955,01 mil milhões de kwanzas, o que representa 77,95 por cento do total de crédito concedido ao sector real e 16,36 por cento da carteira de crédito bruto.
