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PNUD defende investimento, inovação e protecção para reduzir pobreza multidimensional em Angola

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola disse esta Quarta-feira que a pobreza multidimensional no país está centrada na educação, saúde, qualidade de vida e emprego, defendendo uma aposta no investimento, inovação e protecção.

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As dificuldades no acesso aos serviços primários de saúde, educação, energia eléctrica e fornecimento de água potável, referiu o PNUD, continuam a ter impacto nas populações.

O economista do PNUD Lorenzo Mancini defendeu que o investimento, a inovação e a protecção devem ser o caminho a seguir por Angola para a melhoria do seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tendo enaltecido algumas acções das autoridades angolanas nesse domínio.

Lorenzo Mancini, que apresentava esta Quarta-feira o Relatório de Desenvolvimento Humano 2021, num encontro promovido, em Luanda, pelo PNUD em parceria com o Ministério da Economia e Planeamento, defendeu abordagens sólidas para a promoção do desenvolvimento humano em Angola.

Sobre a saúde, exemplificou a problemática da malária em Angola, principal causa de mortes e de internamentos nos hospitais, considerando que o combate da doença deve ser sistémico.

"Com atenção aos cuidados primários de saúde, a nutrição e o saneamento básico. É preciso uma forma sistémica para se erradicar a malária e não apenas matar o mosquito", realçou.

Em relação ao eixo da protecção, o responsável elencou as políticas macroprudenciais, protecção social, acesso aos serviços sociais, protecção dos direitos humanos e a remoção de barreiras para a participação como acções que devem ser desenvolvidas em Angola.

Para o especialista do PNUD, o planeamento, o financiamento e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são mecanismos que devem servir para financiar o desenvolvimento nacional.

Abordagem sistémica e multidimensional, resiliência às alterações climáticas, investimento, inovação, protecção e financiamento são os pressupostos que, no entender de Lorenzo Mancini, devem ser materializados.

O relatório mundial do IDH 2021-2022 refere que Angola se mantém no grupo de países com o IDH médio. O país ocupa a 148.ª posição entre os 191 países e territórios considerados no documento.

O secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, referiu, no seu discurso de abertura, que os dados do relatório mundial do IDH para Angola são bastantes animadores e resultam de acções desenvolvidas nos últimos anos pelo Executivo.

Perspectivas de desenvolvimento humano em Angola foi o tema deste encontro e que deu azo a um painel de debate que juntou membros da sociedade civil e representantes do PNUD no país.

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