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Ana Dias Lourenço quer “equipar as comunidades com ferramentas e serviços digitais”

A necessidade de se “equipar as comunidades com ferramentas e serviços digitais para acelerar a transformação e o bem-estar das populações rurais” foi defendida, esta Quinta-feira, por Ana Dias Lourenço.

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Trata-se de um dos percursos a traçar, complementado pela norma internacional e pela gradual predominância do universo digital, sublinhou a primeira-dama da República, ao falar num painel sobre a influência das primeiras-damas no empoderamento de mulheres, que teve lugar em Cabo Verde.

Citada pela Angop, Ana Dias Lourenço aproveitou a ocasião para mencionar a Iniciativa 1000 Aldeias Digitais, classificando-a como "paradigmática" e informando que esta se encontra em teste em sete países de África, com o intuito de munir as comunidades com ferramentas e serviços digitais.

"A Iniciativa 1000 Aldeias Digitais é paradigmática e está actualmente a ser testada em sete países africanos com o objectivo de equipar as comunidades com ferramentas e serviços digitais para acelerar a transformação e o bem-estar das populações rurais", indicou.

"Uma das medidas já implementadas consistiu na criação de uma aplicação para o registo electrónico de terras e outra aplicação para a gestão de pragas e doenças", acrescentou, citada pela Angop.

Na sua intervenção, a primeira-dama referiu igualmente que no país se está a caminhar firmemente rumo aos objectivos referidos, visando prover às comunidades conhecimentos e capacidades técnicas e comportamentais, por via do empoderamento económico, escreve a Angop.

Aproveitou ainda a ocasião para mencionar a criação da Fundação Ngana Zenza, que está "totalmente comprometida com o desenvolvimento sustentável das comunidades, em particular, das comunidades rurais".

"Em 2020, criei a Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário, que se encontra totalmente comprometida com o desenvolvimento sustentável das comunidades, em particular, das comunidades rurais. A FDC actua junto dos grupos mais vulneráveis da sociedade, entre os quais estão as crianças, as jovens meninas e as mulheres, no sentido de promover valores basilares, como o respeito, a solidariedade, a ética, a inovação e a responsabilidade social", referiu, citada pela Angop.

Afirmando que mais de 30 por cento das famílias de África vivem com menos de dois dólares diariamente, considerou que o empoderamento das mulheres, bem como a sua participação na actividade económica, se assume como indispensável.

"O meu apelo é para que todas as mulheres lutem pelo seu legítimo lugar e, sobretudo, para que persistam na sua luta para construir uma África, conscientes de que cada mulher tem um papel e uma missão a desempenhar. Para que as mulheres sejam, todas e cada uma no seu papel, parceiras inabaláveis do desenvolvimento: de forma decisiva, eficaz e inclusiva", acrescentou, citada pela Angop.

Mencionou ainda a necessidade de se colocar a igualdade de género no meio da discussão pública no continente: "A necessária centralidade da igualdade de género na discussão pública em África não resulta apenas do facto de se tratar de uma questão de direitos humanos, mas também por ser fundamental para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas e os objectivos da Agenda 2063 da União Africana".

Ana Dias Lourenço considerou igualmente que de modo algum se alcançará metas como a eliminação da pobreza, garantir a paz, salvaguardar o planeta contra as alterações climáticas, ente outras, sem o papel activo da mulher, escreve a Angop.

Aproveitou ainda a ocasião para falar acerca do compromisso adoptado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e as chefias políticas de África no sentido de se apostar na mudança do método agro-alimentar, fomentar o comércio e investimento na Zona de Comércio Livre Continental Africana bem como garantir que mulheres, jovens e agricultores rurais estejam abrangidos nos métodos agro-alimentares do continente.

De referir o painel teve como tema "A Influência e Liderança Globais das Primeiras-Damas: como isso afecta no empoderamento da nova geração de jovens e mulheres africanas" e estava enquadrado na 6.ª edição do Tropics Business Summit.

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