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Tchizé dos Santos ameaça PR com manifestação se continuar a ser perseguida

A empresária Tchizé dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, ameaçou esta Segunda-feira manifestar-se defronte da embaixada angolana em Londres se continuar a ser alvo do que considera ser uma perseguição do Presidente da República.

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A ameaça, feita através de um áudio divulgado nas redes sociais, está relacionada com a retirada, a 30 de Setembro passado, da licença de actividade bancária do Banco Prestígio, fundado pela empresária.

No áudio, Tchizé alerta para a vergonha que o seu gesto representa para a imagem do Governo de Angola perante a comunidade internacional.

A empresária declarou ainda que nunca recebeu "um tostão de nenhuma transferência bancária" do seu falecido pai e que não herdou nenhuma herança até ao momento, nem teve acesso a nenhum dinheiro do Estado angolano, não vendo assim razões para a perseguição que diz estar a ser alvo por parte do Governo do Presidente João Lourenço.

"Eu peço-lhe senhor João Lourenço: Saiba que eu não me chamo José Eduardo dos Santos, eu não sou o meu pai. O senhor já se vingou (...) já se riu o suficiente, para com isto (...)", pede ainda a empresária.

"Eu nunca exerci nenhum cargo no Governo ou de gestão do dinheiro do Estado (...) Qual é o problema que o Estado angolano tem comigo? Se isto continuar, eu vou me dirigir... eu aqui na Inglaterra mesmo irei fazer uma manifestação sozinha (...) com um cartaz a dizer: "João Lourenço: Eu não sou o meu pai", reitera, no áudio.

Na passada Sexta-feira, um comunicado de imprensa assinado pelo presidente do Conselho de Administração do Banco Prestígio, Tito Luís Perdigão Abrantes Zuzarte de Mendonça, revela que o Banco Nacional de Angola (BNA) "revogou a licença" de actividade daquele banco, fundado pela empresária.

Segundo Tito Zuzarte de Mendonça, a revogação da licença bancária foi feita sem que o BNA tivesse dado "resposta definitiva" ao Banco Prestígio a uma proposta de solicitação de autorização de venda de 80 por cento de acções do banco.

A venda de 80 por cento das acções tinha como objectivo ultrapassar os constrangimentos alegadamente provocados pela não libertação de fundos depositados à ordem no Banco Económico, instituição bancária de direito angolano.

A não libertação daqueles valores representa "uma transgressão clara à legislação vigente", considera Tito Zuzarte de Mendonça no comunicado.

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