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Exportações portuguesas para Angola aumentaram quase 51 por cento em 2022

As exportações de bens portugueses para Angola aumentaram 50,8 por cento nos primeiros oito meses de 2022, face ao ano anterior, atingindo aproximadamente 890 milhões de euros, segundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

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Os dados foram revelados esta Terça-feira em Luanda pelo delegado da AICEP, João Falardo, que interveio no 5.º Encontro Angola-Portugal, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA).

No que diz respeito às importações, o comércio com origem em Angola (essencialmente combustíveis minerais) aumentou 506,4 por cento, entre Janeiro e Agosto, num total de 438 milhões de euros.

Angola é o nono destino das exportações portuguesas tendo subido uma posição em relação a 2021, sendo o 27.º fornecedor de bens a Portugal (48.º lugar em 2021).

O responsável da AICEP salientou que o relacionamento bilateral entre Portugal e Angola "atravessa nas suas várias dimensões, um excelente momento" e deve ser acompanhado "por uma actividade comercial cada vez mais dinâmica".

Actualmente actuam em Angola 1300 empresas de capital português ou misto em sectores como a construção civil, o agro-alimentar e agro-industrial, a banca, os seguros metalomecânicos, tecnologias de informação e comunicação, energia, saúde, transporte e logística, afirmou João Falardo.

Para o delegado da AICEP, "a política de diversificação económica do Governo angolano deve ser encarada pelas empresas portuguesas como uma fonte de oportunidades de negócio", representando "benefícios mútuos e riqueza partilhada" para portugueses e angolanos.

O presidente da CCIPA, João Traça destacou que a "ressaca da covid" coincide também com uma altura em que se inicia "um novo ciclo de crescimento económico" que terá associado a diversificação da economia angolana.

"Compete assim aos empresários e, neste caso particular, aos empresários de Angola e Portugal, serem os actores deste ciclo e estabelecer as parcerias necessárias para agarrar as oportunidades que a diversificação vai trazer", sublinhou o empresário.

Quanto à CCIPA, que celebra este ano o seu 35.º aniversário, pretende ser um "acelerador" destas parcerias e oportunidades, contribuindo para a partilha de informação que facilite processos de decisão de investimento, indicou João Traça.

No evento estiveram representantes de algumas das maiores empresas ligadas a Portugal que actuam no mercado angolano entre as quais a Angonabeiro (subsidiária da Delta), os bancos Caixa Angola e Millennium Atlântico ou a seguradora Fidelidade.

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