"Referimo-nos àqueles blocos que, findo o período de exploração, não tiveram sucesso, é o caso na área de pré-sal dos blocos 22, 23, 24 e 25 e os blocos 35 a 40, que vamos reavaliar para depois lançar, de novo, licitações no futuro", afirmou Paulino Jerónimo, esta Quarta-feira em Luanda, à margem de uma cerimónia de assinatura de contratos de risco.
O presidente da concessionária para o petróleo, gás e biocombustíveis adiantou que esta reavaliação tem vindo a ser feita com resultados positivos, dando como exemplo os blocos 20 e 21, na bacia do Kwanza (que serão operados pela Total).
"Foram licitados a um novo grupo empreiteiro e houve descobertas", sublinhou.
Os blocos 20 e 21 eram operados pelo grupo empreiteiro Cobalt.
Segundo Paulino Jerónimo, "há muitos blocos nestas condições".
"O grande problema é que nós, em Angola, prestamos muita atenção aos blocos que têm sucesso, os blocos que são devolvidos à esfera do Estado, são os que não têm sucesso na fase de exploração, sendo postos novamente em licitação", explicou.
Recentemente, o Governo excluiu a Odebrecht Oil and Gas Angola do contrato de partilha de produção do Bloco 16 por incumprimento das obrigações contratuais e financeiras e transmitiu a participação da empresa à multinacional francesa Total.
Segundo Paulino Jerónimo, é um caso completamente diferente.
"Quanto ao grupo Odebrecht, que participava num bloco operado pela Total, o que aconteceu foi incumprimento das obrigações contratuais e acabou excluído", frisou.
A ANPG celebrou esta Quarta-feira três contratos de Serviços com Risco com a ExxonMobil e a Sonangol Pesquisa & Produção (P&P) na bacia do Namibe que possibilitam o aumento da área de exploração na zona marítima (offshore de Angola) em mais 17.800 quilómetros quadrados.