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Economia

Banco Mundial diz que crise da covid-19 empurrou economia para o quinto ano de recessão

O Banco Mundial estima que Angola sofra uma recessão de 4 por cento por cento este ano e uma significativa recuperação em 2021, ano em que a economia deverá expandir-se 3,2 por cento, sustentada no petróleo e em investimentos.

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"Em Angola, a crise da covid-19 empurrou a economia para o quinto ano de recessão, com o PIB a dever cair 4 por cento; uma recuperação parcial é esperada em 2021, com o PIB a crescer 3,2 por cento, sustentada no fortalecimento do sector petrolífero, especialmente devido ao fim do corte da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e na retoma dos investimentos para estancar o declínio estrutural na produção", lê-se no relatório Pulsar de África, divulgado esta Quinta-feira em Washington.

No documento, que faz uma abordagem integrada às economias africanas, afirma-se que "o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana teve uma contração de 1,8 por cento no primeiro trimestre deste ano, devido às consequências da pandemia de covid-19 e ao declínio dos preços do petróleo".

O relatório surge no mesmo dia em que o Governo de Angola actualizou as previsões macroeconómicas, estimando uma recessão de 2,8 por cento este ano e uma recuperação económica de 1 por cento em 2021.

A produção de petróleo, acrescenta-se no relatório, caiu em Abril e Maio, recuperando ligeiramente em Junho, "o que sugere que a economia provavelmente caiu ainda mais no segundo trimestre do ano".

O Banco Mundial estimou que a economia africana deverá sair da recessão económica de 3,3 por cento este ano e registar um crescimento de 2,1 por cento no próximo ano e de 3,2 por cento em 2022.

De acordo com o Pulsar de África, os analistas desta instituição financeira multilateral estimam que os países africanos registem um crescimento económico de 2,1 por cento no próximo ano, ainda assim abaixo dos 2,9 por cento registados no ano passado.

A recessão de 3,3 por cento que o Banco Mundial projecta para esta região este ano, devido à pandemia de covid-19 e à descida do preço das matérias-primas, será a maior dos últimos 25 anos, de acordo com esta instituição.

O cenário base do Banco Mundial assume que o número de infeções por covid-19 continua a abrandar e que os novos surtos não vão chegar ao ponto de motivar um novo confinamento, porque caso a pandemia seja mais prolongada ou haja uma segunda vaga, a economia da África subsaariana pode crescer apenas 1,2 por cento em 2021 e 2,1% em 2022.

Em Angola, o Banco Mundial prevê que o saldo orçamental originado pelos efeitos da pandemia passe de positivo para negativo em quase 3 por cento, ainda assim melhor do que o défice médio das contas públicas na região, que deverá ser de 5,9 por cento este ano.

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