A componente do programa FRESAN (Fortalecer a Resiliência e a Segurança Alimentar e Nutricional em Angola) que será implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) visa desenvolver Escolas de Campo de Agricultores (ECA) para aumentar a resiliência, a produção sustentável e a segurança alimentar e nutricional no Sul do país, segundo um comunicado da organização.
Terá a duração de quatro anos e um orçamento total de 6,6 milhões de euros, co-financiado pela União Europeia com 5,5 milhões de euros, para as províncias do Cunene, Huíla e Namibe. O objectivo do projecto é "fortalecer os sistemas alimentares sensíveis à nutrição e melhorar a resiliência dos agricultores familiares às alterações climáticas".
O Secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Manuel Bartolomeu da Cunha, salientou na Sexta-feira, na apresentação do projecto, que o "Governo de Angola e a União Europeia desenvolveram o projecto FRESAN para apoiar a população do Sul de Angola que sofre de forma cíclica o impacto das alterações climáticas nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe".
A representante da FAO em Angola, Gherda Barreto, destacou que a implementação das 225 escolas "irá aumentar a capacidade de resiliência das famílias e contribuir para a segurança alimentar e nutricional dos pequenos agricultores familiares".
O objectivo é alcançar 7875 pequenos agricultores familiares vulneráveis através da promoção de actividades geradoras de rendimento para mulheres, da introdução de tecnologias e práticas agrícolas e pastoris climaticamente inteligentes.