O anúncio foi feito na Assembleia Nacional, durante o discurso sobre o Estado da Nação que marca a abertura do ano parlamentar no país.
Segundo João Lourenço, entre Outubro de 2019 e Agosto de 2020, foram reintegrados mais de 1550 ex-militares, alguns por via do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza e outros pelo Programa do Governo de Reforço da Integração, mas nem todos beneficiam das mesmas condições.
"Condenamos a atitude dos políticos e formações políticas que, enganosamente, prometem a ex-militares a sua inserção na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas, direito reservado exclusivamente a oficiais na condição de reformados, processo esse que obedece a regras muito bem definidas por lei", declarou.
João Lourenço adiantou que o executivo, vai financiar a fundo perdido, através do FADA (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário), a aquisição de 500 tractores de produção nacional, para beneficiar ex-militares organizados em cooperativas.
O executivo está também a dar formação a mais de 250 ex-militares para "duplicar a capacidade de protecção da nossa biodiversidade e dos seus habitats".
O responsável do Governo sublinhou que o sector da agricultura, pescas e florestas representa, "no quadro da diversificação da economia, um papel preponderante no combate à fome, na garantia da segurança alimentar e nutricional da população, na redução da pobreza e desemprego, tanto no meio rural como no urbano, através da comercialização dos produtos do campo".
A intenção é inverter a proporção de agricultura manual, que representa cerca de 72 por cento do total das áreas cultivadas, para uma actividade mais industrializada, tendo anunciado que foram adquiridos 990 tractores e respectivas alfaias, o que permitiu criar 89 brigadas de mecanização agrícola privadas e 15 brigadas de mecanização e engenharia rural.