Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP refere que "estes números confirmam a consolidação da recuperação que a TAP tem registado a partir do segundo trimestre".
Os prejuízos do grupo TAP agravaram-se no primeiro semestre deste ano para 119,7 milhões de euros, face aos 90 milhões de euros negativos do período homólogo, afectados pelo mercado brasileiro e aumento de custos com o pessoal.
No mês de Setembro a TAP transportou mais de 1,6 milhões de passageiros, um acréscimo de 155 mil face ao mesmo mês do ano passado, o que traduz um crescimento de 10,5 por cento.
No acumulado de 2019, de Janeiro a Setembro, a companhia transportou quase 13 milhões de passageiros - 12,9 milhões - um aumento de 868 mil, ou 7,2 por cento, face ao período homólogo de 2018, refere.
Na mesma nota, a companhia, detida em 50 por cento pelo Estado português, destaca que "Setembro foi o primeiro mês no ano em que o mercado do Brasil teve receita maior que o ano passado".
Segundo a TAP, o resultado do primeiro semestre deste ano foi “impactado principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil de 43,1 milhões de euros e pelo aumento dos custos com pessoal de 35,3 milhões de euros (+10,6% por cento face ao período homólogo) em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018”.
Após a apresentação dos resultados do primeiro semestre, o presidente da Parpública, Miguel Cruz, disse à Lusa que a ‘holding’ do Estado está a acompanhar “com grande preocupação” os resultados da sua participada TAP, embora reconheça sazonalidade do negócio e contexto difícil do sector.
Nas rotas intercontinentais, os maiores crescimentos absolutos registaram-se nas rotas dos Estados Unidos da América, com mais 30.000 passageiros do que em Setembro do ano passado, Brasil (mais 9620 passageiros), Cabo Verde (mais 5508), Angola (mais 3000) e Canadá (mais 2135).
Já na Europa, os maiores crescimentos foram nas rotas da Suíça, com mais 14.000 passageiros, Reino Unido (mais 13.000), Itália (mais 12.000), Alemanha (mais 12.000) e Madeira (mais 9000).