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PAICV e MPLA vão passar a fazer consultas bilaterais sobre Cabo Verde e Angola

Os grupos parlamentares do PAICV, de Cabo Verde, e do MPLA vão passar a trocar informações e documentação, realizando igualmente consultas bilaterais sobre a situação dos dois países, conforme acordo assinado na Praia.

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O acordo, por quatro anos e renovável, foi firmado na Assembleia Nacional, na cidade da Praia, pelos líderes parlamentares do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, desde 2016 na oposição, e do Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder desde 1975.

“Testemunha o interesse que os dois partidos têm em revalorizar, promover e elevar a outros patamares as relações já existentes, que remontam à luta de libertação nacional”, enfatizou, após a assinatura do acordo, o líder parlamentar do MPLA, Américo António Cuononoca.

Entre outras iniciativas, o acordo prevê consultas bilaterais entre as bancadas parlamentares dos dois partidos, troca de informações, participação conjunta em eventos e o reforço do programa de cooperação entre PAICV, liderado por Janira Hopffer Almada, e MPLA, liderado por João Lourenço.

“O que nós auguramos é que o PAICV e o MPLA se aproximem cada vez mais, para que de facto os ideais de Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Agostinho Neto, sejam materializados em prol do desenvolvimento e do bem-estar das nossas populações”, exortou o deputado.

Da parte do PAICV, partido que depois de ter assumido a governação de Cabo Verde pela última vez de 2001 a 2016 está hoje na oposição, a relação com o MPLA é de “camaradagem e cumplicidade”. Para o líder do grupo parlamentar do PAICV, Rui Semedo, o acordo firmado “renova e consolida” essas relações.

“Vai servir como referência para aprofundarmos as relações políticas, económicas, sociais e culturais entre os nossos dois países, mas também para reforçarmos as relações de cooperação entre os nossos dois grupos parlamentares”, enfatizou o deputado cabo-verdiano.

Com este entendimento, precisou Rui Semedo, os dois partidos vão passar a trocar informação, “documentação e ideias” sobre as “principais questões” da actualidade mundial, africana “e dos dois países”.

“Temos a obrigação moral de continuar esta relações”, destacou o líder da bancada do PAICV, ao aludir ao relacionamento histórico entre os dois países e partidos.

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