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Ébola: Angola preparada para epidemia na vizinha RDCongo

A assessora da Direcção Nacional da Saúde Pública, Helga Freitas, afirmou que Angola adoptou medidas de prevenção face à epidemia do vírus ébola na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), assegurando a inexistência de casos no país.

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“Temos já um plano estratégico multissectorial e já adquirimos equipamento de segurança, de biossegurança. Todos os postos fronteiriços, não só com a RDCongo, mas com outros [países], estão preparados com todo o equipamento de biossegurança, para de facto haver uma monitorização dos doentes”, explicou Helga Freitas, à margem do seminário sobre os municípios e a saúde no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), que se iniciou em Lisboa.

A assessora da Direcção Nacional da Saúde Pública referiu que estão “formadas equipas”, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e que o país está preparado “tanto com formação dos técnicos da saúde como dos próprios profissionais das fronteiras”.

Helga Freitas lembrou que a RDCongo tem uma história “já recorrente” de casos do vírus ébola, sublinhando que este país tem “tido sucesso” no controlo do vírus.

Para a responsável, é necessário “haver um reforço ao nível dos pontos de entrada” de forma a prevenir uma expansão do vírus.

O número de mortos provocados pela epidemia de ébola na província de Nord-Kivu, este da RDCongo, aumentou para 139, segundo o registo da Organização Mundial de Saúde de 1 de Agosto a 15 de Outubro, foi divulgado.

Os registos da OMS da nova epidemia na RDCongo, declarada a 1 de Agosto, comprovam a tendência de crescimento do número de mortos e também nos casos sinalizados em resultado da infecção de ébola.

A 4 de Outubro, a OMS – cujo Comité de Emergência se reuniu em Genebra, na Suíça, para abordar a epidemia – tinha sinalizado 162 casos de infecção e 106 mortos desde que foi assumida a situação de emergência naquele país africano.

As estatísticas até 25 de Setembro reportavam-se a 150 casos e 100 mortos, enquanto a 15 do mesmo mês tinham sido detectadas 142 pessoas infectadas e 97 mortes.

A epidemia de ébola foi declarada em Mangina, estendendo-se até Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.

No Sábado, as autoridades congolesas disseram que estão a enfrentar agora uma "segunda onda" da epidemia. "Esta segunda onda é o resultado da resistência da comunidade à resposta, a existência de cidades mortas e insegurança e a fraca colaboração de práticas tradicionais em actividades de resposta", disse Oly Ilunga, Ministro da Saúde da RDCongo, durante uma conferência de imprensa.

Na segunda-feira, Ilunga notou que, pela primeira vez, um elemento da missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) foi contaminado com o vírus do ébola e observou que mais de 16.200 pessoas foram vacinadas.

A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99 por cento na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

Até Quinta-feira, o IHMT recebe representantes da área da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Europa para debater os modelos de organização, descentralização e regionalização na Europa e nos países lusófonos.

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