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1.º de Agosto protesta jogo das meias-finais da “Champions” africana

O 1.º de Agosto apresentou um protesto na Confederação Africana de Futebol (CAF) por irregularidades da equipa de arbitragem na derrota, por 4-2, frente ao Esperance de Tunis, na segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões africanos.

Clube Desportivo 1.º de Agosto:

Em declarações à Rádio Cinco, o presidente dos agostinos, Carlos Hendrick, disse que, no protesto, enviado também à FIFA, exigiu à CAF, além de penalizar a equipa de arbitragem, liderada pelo zambiano Janny Sikazwe, que anule a partida e agende novo jogo num campo neutro.

Segundo o responsável, no jogo do passado dia 23 de Outubro, "o que se observou foi um autêntico escândalo e um atentado ao futebol, tudo na ânsia de o zambiano Janny Sikazwe, veladamente, prejudicar o esforço e empenho honesto do emblema 'militar' angolano, que em honra devia qualificar-se", defendeu.

O presidente dos agostinos salientou que, além de "várias decisões polémicas" do juiz, houve "situações incomuns" criadas quer pelos adeptos do Esperance de Tunes, quer pela própria direcção do clube tunisino. Esta última, acusou Carlos Hendrick, além de ter posto em causa a integridade física dos atletas e dirigentes angolanos, "influenciaram directamente" o resultado final do 1.º de Agosto, que vencera por 1-0 em Luanda, na primeira mão.

No início do desafio, segundo Carlos Hendrick, os adeptos da formação caseira começaram a lançar substâncias nocivas (fumos) em redor do campo, ao mesmo tempo que entravam em confronto com as forças da ordem locais, situação que se agravou depois de Geraldo inaugurar o marcador para o 1.º de Agosto, aos nove minutos.

"O homem do apito, talvez temendo a eliminação da turma local, entrou em acção, cortando quase todas as jogadas limpas dos agostinos, que ainda se viram admoestados severamente com uma “chuva” de cartões amarelos", criticou.

Para Carlos Hendrick, "o pior foi a sequência de tomadas de decisões incongruentes", numa "clara demonstração de favorecimento aos caseiros, deixando atónito e sem possibilidades de alterar o rumo dos acontecimentos aos jogadores e equipa técnica do 1.º de Agosto".

"O cúmulo foi mesmo a anulação de um golo, do defesa Bobó, por alegado empurrão ao guarda-redes contrário, quando as imagens mostram jogada limpa. Este tento, mal anulado, mudaria o rumo dos acontecimentos, porque o resultado ficaria 3-3, quando estavam decorridos quase 80 minutos", terminou.

Seis minutos depois, o Esperance de Tunes, que vencia por 3-2, não sendo o suficiente para atingir a final, acabaria por marcar o quarto golo, ditando a eliminação da equipa angolana, com um agregado de 4-3.

Antes, no jogo, após Geraldo inaugurar o marcador aos nove minutos, a equipa tunisina empatou através de uma grande penalidade, convertida por Mohamed Belaili, aos 16 minutos, e 11 minutos depois, aos 27, deu a volta ao marcador, por Mohamed Ali Yakoubi, resultado com que se chegou ao intervalo.

Na segunda parte, Mongo ainda empatou a partida aos 65 minutos, mas o Esperance de Tunes lançou-se no ataque, fazendo o 3-2 aos 74 minutos, por Haythem Jouini.

A alegada má actuação da equipa de arbitragem foi hoje alvo de grande destaque na imprensa generalista. Desconhece-se ainda um posicionamento da CAF, sabendo-se de antemão que terá de ser conhecida uma decisão antes da primeira mão da final da “champions” africana, agendada para 2 de novembro próximo e que oporá, para já, o Esperance de Tunes ao Al Ahly, do Egipto, que perdeu na terça-feira em Argel perante o Entente Sportive de Sétif por 2-1, mas que fez valer a vitória por 2-0 obtida na primeira mão.

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