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Isabel dos Santos: “Hoje em termos de ambiente de negócios Angola é um excelente país para onde olhar”

Isabel dos Santos apresentou em Londres os principais resultados do plano de transformação que tem vindo a ser aplicado na Sonangol. No âmbito da sua participação como oradora na Conferência Oil & Money, organizada pelo The New York Times e pela Energy Intelligence, em Londres, a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol deu uma entrevista à Reuters na qual destacou a boa performance financeira da empresa, resultado das acções implementadas.

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Um dos pontos prioritários tem sido a valorização das pessoas, tendo sido feitas avaliações de competências “que permitem colocar as pessoas certas nos lugares certos”, referiu a PCA.

Ao sublinhar a importância de se ter uma boa visão e um bom plano, Isabel dos Santos referiu ainda a importância do papel de cada colaborador da Sonangol no processo de mudança cultural: “transformar e mudar uma empresa não pode ser feito por uma única pessoa, mas sim por todos os seus colaboradores”.

Isabel dos Santos acrescentou que, após um diagnóstico completo de avaliação de competências e processos, finanças, sistemas de IT, foram implementadas acções no sentido de haver maior rigor com as despesas, mais excelência e maior transparência.

“Desenhámos um plano de redução de custos e de aumento das receitas, redesenhámos os sistemas e optimizámos a organização o mais que pudemos. E passaram-se apenas 18 meses. Este é um trabalho que tem de ser feito em vários anos”, afirmou a PCA, em comunicado remetido ao VerAngola.

“Quando tomámos posse em Junho de 2016 tivemos um sentido de missão. A maioria de nós vinha do sector privado (…) foi um desafio aplicarmos as nossas competências e o que tínhamos aprendido em empresas internacionais, e em empresas de petróleo (IOCS) na transformação desta empresa”, referiu.

A missão da administração é devolver à Sonangol a condição de força motriz da economia angolana e tornar-se na empresa petrolífera de referência no continente africano. Tem-se focado no controlo e redução dos custos de petróleo para garantir a competitividade do barril angolano, mas continua a investir no sector petrolífero, em linha com as tendências internacionais, obrigando-se a uma maior racionalidade e análise de investimentos. A petrolífera continua a desenvolver o seu plano de investimentos que, juntamente com as medidas de eficiência adoptadas, vai assegurar que o custo do barril angolano seja competitivo mesmo que a cotação internacional se fixe entre os 40 e 50 dólares. O objectivo é construir um novo modelo de negócio para o sector do petróleo e gás em Angola, que trará maior rentabilidade para todos os intervenientes do sector no país.

Um dos recursos com maior importância actualmente e nos próximos anos para a petrolífera é o gás. A Sonangol já é exportadora de gás para a Europa, Ásia, Médio Oriente, sendo já auto-suficiente no gás butano.

Nesta entrevista, Isabel dos Santos destacou também o progresso conseguido em Angola nos últimos 15 anos ao nível de infra-estruturas, nomeadamente no que diz respeito a rede de estradas, portos, aeroportos e rede de telecomunicações, referindo que “hoje em termos de ambiente de negócios Angola é um excelente país para onde olhar”.

As Reuters Newsmakers são fóruns de discussão com líderes políticos e de negócios de influência mundial, com a participação de uma audiência especializada, nomeadamente personalidades influentes da política, negócios, artes, ciência e media.

Isabel dos Santos foi entrevistada neste fórum no âmbito da sua participação na 38.ª edição da Conferência Oil & Money que reuniu em Londres, entre 16 e 19 de Outubro, mais de 500 executivos, decisores políticos, financiadores, estrategas e especialistas da indústria internacional de Petróleo e Gás.

Reconhecida como a mais importante conferência de Energia do mundo, recebeu este ano oradores como os presidentes da Total, Statoil, BP, Sonangol, e ExxonMobil, entre outros. Entre os temas a serem discutidos no evento deste ano estiveram as perspectivas para os preços do petróleo, o desafio do desenvolvimento lucrativo, os impactos das incertezas económicas e geopolíticas, a capacidade disruptiva das novas tecnologias de transporte e as mudanças na indústria global do gás.

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