Segundo Pier Paolo Baladelli, a condição de alto rendimento que caracteriza o país permitirá, "se bem gerido, eliminar a pobreza, desenvolver plenamente o seu capital humano, incluindo mulheres e jovens, reduzir a desigualdade nas rendas, descentralizar competências às províncias e procurar um ritmo óptimo de diversificação económica e industrialização".
Acrescentou que as Nações Unidas estão empenhadas em ajudar Angola, frisando a presença no país, no início desta semana, de uma missão que integra um especialista no processo de graduação do Botsuana para partilha de experiências, devendo proximamente Cabo Verde igualmente transmitir a sua.
A missão dará assistência técnica na preparação da Estratégia Nacional de Transição para a graduação e contribuições do roteiro de elaboração da Estratégia de Transição, com particular ênfase nos índices de Activos Humanos e de Vulnerabilidade Económica.
Angola quer contar com a experiência de países que conseguiram a graduação de Países de Rendimento Médio, como Cabo Verde, para elaborar a sua Estratégia Nacional de Transição Suave, que deverá concluir até 2021.
O desejo foi Quinta-feira manifestado pelo ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, no seu discurso de abertura do seminário sobre a Graduação de Angola da categoria de “Países Menos Avançado (PMA): Desafios e Oportunidades”.
A efectivação dessa graduação colocará Angola ao lado de um restrito grupo de quatro países, nomeadamente Botsuana, Cabo Verde, Maldivas e Samoa, que, nos cerca de 45 anos desse processo, conseguiram migrar do estatuto de PMA para o de País de Rendimento Médio (PRM).