Vera Daves, que falava à margem da cerimónia de empossamento da nova Administração da CMC, afirmou que entre os vários desafios em carteira, a Comissão do Mercado de Capitais pretende dar maior profundidade ao mercado da dívida pública e dinamizar o mercado de Dívida Corporativa.
A responsável garantiu de igual modo que vai trabalhar em prol da implementação de um conjunto de iniciativas que viabilizem o financiamento de actividades que contribuam para o grande desafio da diversificação da economia nacional.
A nova PCA da CMC informou ainda que o órgão que dirige continuará a trabalhar no sentido de concretizar os objectivos que constituíam os pontos basilares da estratégia da Administração anterior, tornando mais eficientes os mecanismos que estavam a ser utilizados, para promover os mais diferentes segmentos do mercado.
O programa de literacia financeira é outro desafio a ter em conta pela nova administração da CMC, que em parceria com o Banco Nacional de Angola (BNA) e a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), terá de dar uma outra dinâmica as acções desta iniciativa.
“O desafio que nos foi lançado agora é dar uma dimensão à esta acção, numa lógica coordenada de actuação entre os reguladores, em prol de uma literacia financeira mais sólida entre os cidadãos. De modo que vamos trabalhar de perto com os nossos pares, e apelo maior cooperação das instituições de ensino para que esta empreitada seja nacional”, sublinhou a responsável, em comunicado disponibilizado na página do Ministério das Finanças.
Quanto ao segmento de Fundos de Investimento, disse ser um instrumento que deve ser encarado como um elemento que mais democratiza o acesso ao mercado de capitais. “Vamos trabalhar para que este instrumento financeiro esteja disponível para a população”, disse, reafirmando a existência já de um quadro regulador, que baliza as actividades do Fundo de Investimentos e que só precisa de um incentivo para o seu surgimento.
Para isso, Vera Daves adiantou que a CMC vai dialogar com todas as partes interessadas, uma vez que “o regulador não pode criar produtos, o que temos de fazer é mostrar o caminho, identificando as eventuais dificuldades que os operadores do mercado possam apresentar, trabalhar nelas e ajudá-los, para que os instrumentos financeiros surjam, de modo a dar força na componente do mercado”, concluiu.