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Economia

BPI: Angola precisa de reformas que favoreçam o clima empresarial

A analista do BPI que segue a economia angolana considera que o país precisa de fazer reformas para aumentar a competitividade da economia e favoreçam o clima empresarial, salientando que não têm impactos significativos na despesa pública.

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"Existem diversas áreas nas quais é necessário fazer reformas para aumentar a competitividade da economia, e que não necessitam necessariamente de apoio fiscal", disse Luísa Felino em entrevista à Lusa a propósito dos 40 anos da independência de Angola, que se assinalam este ano.

Em concreto, a analista aponta "a melhoria do ambiente de negócios, reduzindo os custos elevados de burocracias, licenciamentos e outros factores que afectam a produtividade económica" e salienta que apesar da nova lei do investimento, que "foi um passo no bom sentido, "ainda está muito por fazer neste âmbito".

Para além dos constrangimentos que têm sido repetidamente notados nos relatórios internacionais sobre o país, como as infra-estruturas deficientes, a falta de capacidade energética ou a fraca capacidade institucional do país, Luísa Felino acrescenta também "a falta de uma força de trabalho qualificada", que vai continuar a ser uma "desvantagem estrutural que atrasa o processo de crescimento e que levará algum tempo a ser colmatada".

Neste aspecto, Luísa Felino elogia o empenho do Governo em manter "projectos relacionados com o sector da energia e água, nomeadamente a construção de barragens, de forma a conquistar auto-suficiência de produção energética", apesar dos cortes na despesa pública que obrigaram à revisão de vários investimentos previstos no Plano Nacional de Desenvolvimento.

Questionada sobre os sucessivos empréstimos que Angola tem contraído junto da banca comercial internacional apesar das reservas disponíveis de 5 mil milhões de dólares no Fundo Soberano, a analista do BPI considera que a estratégia é a adequada: "Penso que não faria sentido descapitalizar um fundo que acabou de ser criado e que tem como objectivo gerir investimentos que possam trazer retornos no longo prazo para a população angolana", afirmou.

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