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Economist: Angola cresce 2,7 por cento este ano e recupera para os 6,3 até 2019

A Economist Intelligence Unit (EIU) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia de Angola para 2,7 por cento este ano, prevendo uma recuperação de 4,3 por cento em 2016 e uma expansão média de 6,3 por cento até 2019.

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"Dado o continuado ambiente de preços do petróleo baixos, prevemos um crescimento de 2,7 por cento em 2015, reflectindo uma despesa pública mais baixa que a esperada, e um declínio ainda maior nos preços do petróleo este ano, de cerca de 46 por cento, e ainda constrangimentos técnicos na produção local", escrevem os analistas da unidade de análise da revista britânica The Economist.

O Executivo prevê uma taxa de crescimento de 4,4 por cento este ano e de 3,3 por cento no próximo, segundo o Orçamento do Estado apresentado na semana passada em Luanda, que antecipa também um défice de 5,5 por cento do PIB.

No comentário à evolução da economia de Angola, a EIU considera que entre 2017 e 2019 a economia vai acelerar, em média, para 4,3 por cento, "alicerçada na despesa pública e privada sólida e num contexto de recuperação dos preços do petróleo".

A EIU aproveita para "rever também em baixa a previsão de produção de petróleo devido à manutenção em curso", passando a estimar que Angola consiga bombear 1,79 milhões de barris por dia, em vez de 1,82 milhões este ano - entre Janeiro e Agosto a média foi de 1,76 milhões.

A inflação, que deve terminar o ano de 2015 em 10,1 por cento, manteve-se acima dos dois dígitos em Agosto, chegando a 11 por cento face ao período homólogo de 2014, subindo de 10,4 por cento no mês anterior, e foi o quinto aumento consecutivo mensal, lembra a EIU, explicando que isso "reflecte as pressões inflacionistas que surgem das sucessivas reduções nos subsídios aos combustíveis e ao enfraquecimento do kwanza face ao dólar".

Esta desvalorização, aliás, é uma tendência que deverá manter-se no futuro próximo: "Dada a pressão gerada pelos preços baixos do petróleo, esperamos uma desvalorização ainda maior da moeda local e uma quebra controlada durante 2016, o que significa que a taxa oficial vai descer de 98,3 para 1 dólar em 2014, para 121,9 para um dólar este ano", escreve a EIU.

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