"Esta emissão permite diversificar as fontes de financiamento para além dos empréstimos bilaterais, tradicionalmente com a China e com o Brasil, e permite abrir um novo canal de financiamento, e indica confiança no país e na capacidade do país se regenerar", disse Paulo Varela, em entrevista à Lusa.
Para o também gestor da Galp, "isto significa uma viragem em termos de abordagem aos mercados internacionais e revela um sinal de confiança na economia angolana".
Questionado sobre a taxa de juro que Angola deverá ter que pagar, e que não está ainda definida dado que a emissão ainda não foi efectivamente feita, Paulo Varela estimou que deverá ficar entre os 6 e os 8%: "Espero que não seja mais do que oito por cento", disse o presidente da CCIPA.
As autoridades do Ministério das Finanças começaram esta segunda-feira as reuniões nos Estados Unidos e na Europa para o lançamento da primeira emissão de 'eurobonds', até 1,5 mil milhões de dólares.
De acordo com a agência Bloomberg, as reuniões começam na segunda-feira, num 'road-show' que está a ser preparado pelo Deutsche Bank, Goldman Sachs e pelo Bank of China, com o objetivo de angariar até 1,5 mil milhões de dólares nos mercados internacionais.