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BPC recebe mais de 300 milhões do Banco Africano de Desenvolvimento para empréstimos

O Banco Africano de Desenvolvimento vai apoiar a reestruturação, em curso, do estatal Banco de Poupança e Crédito (BPC), um dos maiores do país, com uma linha de crédito de 325 milhões de dólares.

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Segundo informação oficial transmitida pelo Ministério das Finanças angolano, esta linha de crédito visa apoiar o plano de desenvolvimento daquele banco público angolano e o alargamento da sua carteira de empréstimos para 800 milhões de dólares nos próximos cinco a sete anos.

O apoio a conceder pelo Banco Africano de Desenvolvimento, equivalente a 293 milhões de euros, vai permitir conceder empréstimos direccionados a empresas angolanas dos sectores da água, agricultura e indústria.

A par do empréstimo, aquele grupo africano vai ainda apoiar o BPC na aplicação de um sistema de gestão de riscos.

A Lusa noticiou em Setembro que o Estado angolano tem em curso um processo para aumentar o capital social do BPC para 700 milhões de dólares, de forma a garantir a sua viabilidade.

De acordo com informação transmitida pelo presidente do Conselho de Administração do estatal BPC, Paixão Júnior, o Ministério das Finanças já transferiu títulos do tesouro no valor de 270 milhões de dólares para garantir uma parte desse aumento de capital.

Acrescentou que os outros dois accionistas, o Instituto Nacional da Segurança Social e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas também vão "ajustar a parte correspondente a esta injecção de capital".

"Já recebemos respostas positivas, já começaram a fazer o aporte de capital. E aí é que esperamos projectar o nosso capital para cerca de 700 milhões de dólares", disse Paixão Júnior.

O presidente do conselho de administração do BPC acrescentou que esta operação era necessária para reforçar o índice de solvabilidade da instituição - relação entre os activos e os créditos concedidos -, que ficará em cerca de 13 por cento, numa melhor posição do que o valor mínimo exigido pelo Banco Nacional de Angola, que é de 10 por cento.

Por esse motivo, Paixão Júnior garante que a recuperação da instituição está em curso, apensar de ainda dependente de elevar a liquidez do banco a 1,5 mil milhões de dólares.

"Conseguimos cerca de metade, falta a outra parte, por forma a que banco possa estar aceitável, [em condições] de funcionamento", disse anunciou na altura.

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