Segundo um comunicado da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), a que o VerAngola teve acesso, o memorando foi assinado na Quarta-feira, em Luanda, entre a ANAC e a sua congénere moçambicana.
"A Autoridade Nacional da Aviação Civil da República de Angola e a Autoridade Reguladora da Aviação Civil de Moçambique (IACM) impulsionaram a sua relação em matéria de serviços aéreos, dia 11 de Setembro, em Luanda, com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU), que será a base para a implementação do Acordo Aéreo entre os dois países", lê-se na nota.
A ANAC explica que a celebração deste acordo se alinha com os preceitos estabelecidos na agenda 2063 da União Africana (UA), assim como "com o estabelecido pela Decisão de Yamoussoukro, e direitos de 5.ª Liberdade", sendo que vai funcionar "como grande catalisador económico, pois abrirá as portas e dinamizará as esferas do comércio, turismo, negócios, entre outros domínios entre Angola e Moçambique".
O encontro, segundo o comunicado, serviu para consumar a "intenção de implementar e dinamizar o Mercado Único Africano de Transportes Aéreos (SAATM), a fim de catapultar a indústria a nível da região e do continente".
No encontro estiveram presentes delegações dos dois países, encabeçadas pela presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANAC, Amélia Domingues Kuvíngua, e pelo PCA da IACM, João Martins de Abreu.
Na ocasião, a PCA da ANAC, citada pelo Jornal de Angola, disse que através deste acordo está a ser dado um importante avanço em direcção à assinatura do acordo aéreo no futuro.
"Foi feito um teste que vai implementar a operação de transporte aéreo entre os dois países, pois esta era a maneira dos dois países estarem mais próximos um do outro", apontou, acrescentando que o acordo visa impulsionar o mercado e atrair mais mercados para Angola, considerando o facto de que Angola e Moçambique se encontram na mesma região, porém em latitudes diferentes.
Já o PCA da IACM, afirmou que o memorando ora assinado permite que operadores de Moçambique e Angola operem nos espaços aéreos, completando o trabalho que tem vindo a ser realizado, "só que agora no quadro da Agenda 2063 da União Africana, baseado no Mercado Único de Transporte Aéreo Africano, que começou em Yamoussoukro".
"A fronteira moçambicana está disponível para outros operadores. Portanto, é um momento muito importante para os dois operadores em particular e para os países", completou, citado pelo Jornal de Angola.
