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Plano de Desenvolvimento Nacional 2027 vai contar com financiamento de banco árabe

O Plano de Desenvolvimento Nacional 2027 e a visão do país para 2050 vão contar com financiamento do Banco Árabe de Desenvolvimento Económico em África (BADEA), sendo que este apoio integra um pacote global de 500 mil milhões de dólares orientados para beneficiar vários países de África, entre os quais Angola, e vai durar cinco anos.

: CIPRA
CIPRA  

Segundo Sidi Ould Tah, presidente do BADEA, que falava à imprensa depois de se ter reunido, esta Quarta-feira, com o Presidente da República, João Lourenço, em Luanda, a verba disponibilizada foi determinada na Conferência Económica Árabe-Africana, decorrida em Novembro do ano passado.

A audiência com João Lourenço, segundo um comunicado do CIPRA a que o VerAngola teve acesso, serviu para os dois discutirem "as prioridades financeiras de Angola e alinhar o apoio do BADEA com as necessidades do país".

"Durante esta reunião, o Presidente da República explicou as prioridades de Angola e o banco vai trabalhar com a equipa económica, no sentido de alinhavar as suas prioridades com aquelas que são da República de Angola, que vão guiar a nossa cooperação nestes próximos cinco anos, naquilo que nós chamamos de Acordo de Parceria Estratégica", disse o responsável, citado no comunicado.

"O banco, que é propriedade de 18 países árabes e apoia 44 países africanos, colaborará com o Governo angolano para definir quais projectos receberão financiamento", lê-se na nota.

Segundo o presidente do BADEA, além do apoio do referido banco, uma dezena de instituições financeiras multilaterais árabes também vão participar no projecto de financiamento.

Além da audiência com Sidi Ould Tah, o Presidente da República também manteve, esta Quarta-feira, um encontro com o representante do secretário-geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia.

Na ocasião, Huang Xia "enalteceu o empenho e confiança na liderança do Presidente da República, João Lourenço, para resolução de conflitos na sub-região do continente africano".

Falando à imprensa no final do encontro, o representante do secretário-geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos referiu que João Lourenço lhe transmitiu "a sua visão sobre o desenrolar da situação na região", bem como acerca da "dinâmica dos últimos acontecimentos", refere um outro comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso

O responsável disse terem confiança na liderança de João Lourenço: "Temos confiança na liderança do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, e também nos esforços que tem dado para que neste Processo de Luanda, venha, de facto, a ter uma conclusão definitiva da situação de segurança e de paz que ainda reina aqui na sub-região".

"Estamos à sua disposição para apoiar os seus esforços e também os esforços desenvolvidos durante este Processo de Luanda e que venhamos a ter uma paz duradoura e uma estabilidade na região", acrescentou.

Huang Xia também alertou para o facto de existir "uma tensão recorrente e também militarizada na região", tendo exortado a "que se levantem vozes para que haja redução da intensidade do conflito e se evite o alastramento em toda região".

"Somente com a descalada [do conflito] poderá nos permitir termos um terreno propício para a implementação do Acordo Quadro de Nairobi e também criar condições mais francas, possíveis e mais propícias, para que o engajamento de cada uma das partes dentro desse Quadro de Nairobi possa ser, de facto, uma realidade", considerou.

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