Segundo Sidi Ould Tah, presidente do BADEA, que falava à imprensa depois de se ter reunido, esta Quarta-feira, com o Presidente da República, João Lourenço, em Luanda, a verba disponibilizada foi determinada na Conferência Económica Árabe-Africana, decorrida em Novembro do ano passado.
A audiência com João Lourenço, segundo um comunicado do CIPRA a que o VerAngola teve acesso, serviu para os dois discutirem "as prioridades financeiras de Angola e alinhar o apoio do BADEA com as necessidades do país".
"Durante esta reunião, o Presidente da República explicou as prioridades de Angola e o banco vai trabalhar com a equipa económica, no sentido de alinhavar as suas prioridades com aquelas que são da República de Angola, que vão guiar a nossa cooperação nestes próximos cinco anos, naquilo que nós chamamos de Acordo de Parceria Estratégica", disse o responsável, citado no comunicado.
"O banco, que é propriedade de 18 países árabes e apoia 44 países africanos, colaborará com o Governo angolano para definir quais projectos receberão financiamento", lê-se na nota.
Segundo o presidente do BADEA, além do apoio do referido banco, uma dezena de instituições financeiras multilaterais árabes também vão participar no projecto de financiamento.
Além da audiência com Sidi Ould Tah, o Presidente da República também manteve, esta Quarta-feira, um encontro com o representante do secretário-geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia.
Na ocasião, Huang Xia "enalteceu o empenho e confiança na liderança do Presidente da República, João Lourenço, para resolução de conflitos na sub-região do continente africano".
Falando à imprensa no final do encontro, o representante do secretário-geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos referiu que João Lourenço lhe transmitiu "a sua visão sobre o desenrolar da situação na região", bem como acerca da "dinâmica dos últimos acontecimentos", refere um outro comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso
O responsável disse terem confiança na liderança de João Lourenço: "Temos confiança na liderança do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, e também nos esforços que tem dado para que neste Processo de Luanda, venha, de facto, a ter uma conclusão definitiva da situação de segurança e de paz que ainda reina aqui na sub-região".
"Estamos à sua disposição para apoiar os seus esforços e também os esforços desenvolvidos durante este Processo de Luanda e que venhamos a ter uma paz duradoura e uma estabilidade na região", acrescentou.
Huang Xia também alertou para o facto de existir "uma tensão recorrente e também militarizada na região", tendo exortado a "que se levantem vozes para que haja redução da intensidade do conflito e se evite o alastramento em toda região".
"Somente com a descalada [do conflito] poderá nos permitir termos um terreno propício para a implementação do Acordo Quadro de Nairobi e também criar condições mais francas, possíveis e mais propícias, para que o engajamento de cada uma das partes dentro desse Quadro de Nairobi possa ser, de facto, uma realidade", considerou.