O chefe de Estado, que falava no debate geral da 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, realçou a "construção de barragens hidroeléctricas e parques fotovoltaicos, que já representam 67 por cento da matriz energética do país".
Além dos mais de 6500 megawatts de energia eléctrica actualmente produzidos pelo país, o Presidente da República – citado num comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso – revelou que se encontra a ser construída a barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça, com capacidade para produzir mais de 2000 megawatts, tendo adiantado, igualmente, que começa brevemente a ser construído "o maior parque fotovoltaico do país, com um financiamento de 1,5 mil milhões de dólares americanos do Eximbank americano".
O chefe de Estado esclareceu que este investimento alimentará, "fora da rede, um número considerável de localidades" nas províncias da Huíla, Cunene, Namibe e Cuando Cubango.
Segundo o Presidente, com estes projectos em curso, a maior aposta actualmente passa pelo "investimento público ou em parcerias público-privadas de construção de linhas de transportação em alta e média tensão para o leste e sul do país, na perspectiva da interconexão com a rede da SADC, a leste, via Zâmbia e, a sul, via Namíbia".
Dirigindo-se aos investidores interessados, João Lourenço fez um convite no sentido de "comercializarem a energia eléctrica produzida em Angola aos clientes das zonas de exploração mineira" da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia, bem como "aos países da SADC no geral, com destaque para a África do Sul, maior consumidor industrial e doméstico".
Na ocasião, também mencionou um conjunto de iniciativas que se encontram em desenvolvimento, estando enquadradas "no esforço de assegurar a implementação da agenda climática internacional, dando realce às medidas destinadas à mitigação e à adaptação às alterações climáticas", refere o comunicado.
Além disso, o Presidente da República salientou igualmente o investimento público que o país tem vindo a realizar no domínio da saúde, através da edificação, "a ritmo acelerado, de infra-estruturas hospitalares dos três níveis de atendimento, equipadas e com um programa de formação e recrutamento de profissionais para o Sistema Nacional de Saúde".