Em declarações à Lusa, o presidente da UMA, Augusto Mateus, que comunicou na Segunda-feira a realização da marcha, disse que a associação entendeu cancelar a sua participação após o encontro de Quarta-feira com o Governo Provincial de Luanda (GPL).
"Entendemos cancelar a nossa participação nesta manifestação convocada para Sábado, tudo porque levamos algumas propostas e que algumas destas foram aceites pelo GPL", disse o líder da UMA.
Segundo o responsável, nos próximos 90 dias a UMA vai manter conversações com o GPL e, ao mesmo tempo, sugerir vias para a saída das medidas impostas pelas autoridades aos motociclistas.
"Enquanto decorrer esse período de sensibilização e negociação com o GPL, então, entendemos não continuarmos na marcha. Mas atenção que a marcha vai continuar porque não era apenas a UMA Angola que havia convocado a manifestação", realçou.
A necessidade da formação contínua dos mototaxistas está entre as propostas apresentadas pela UMA ao GPL e que foram "prontamente" acolhidas pela administração da capital, salientou.
O GPL aprovou restrições à circulação de mototaxistas nas principais vias de Luanda, visando regular o trânsito e baixar os índices de sinistralidade rodoviária que envolve motociclistas, situação que tem gerado vários protestos no seio da classe.
Um grupo de activistas e demais membros da sociedade civil convocou uma manifestação contra as medidas do GPL, na qual inicialmente a UMA confirmou presença, anunciando a sua ausência dos protestos.
"Há outros grupos da sociedade civil que estão em frente (da manifestação) e que darão seguramente continuidade", argumentou Augusto Mateus.
A concentração da marcha está marcada para as 10h00 de Sábado, no largo do Cemitério de Santa Ana, e deve prosseguir até à sede do GPL, no centro da capital.