Segundo a coordenadora do Programa Alargado de Vacinação (PAV), Felismina Neto, 60 por cento das vítimas são atacadas por cães vadios.
"O gabinete atende em média diária mais de 100 mordeduras e o género mais afectado é sempre o masculino e chegam a casa e não comunicam os pais", disse Felismina Neto, em declarações à Rádio Nacional de Angola.
A responsável de saúde salientou que, depois de dois, três, meses, aparecem os primeiros sinais da raiva "e já não se pode fazer absolutamente nada, porque basta o início do primeiro sintoma, é irreversível".
Felismina Neto apelou às pessoas criadoras de cães de grande porte a não circularem pelas ruas sem o açaime, sublinhando que é preciso vacinar os animais.
"Se um animal de estimação tiver cinco vacinas consecutivas interrompe a transmissão do animal para o homem caso haja mordedura", referiu a coordenadora do PAV, garantindo que Luanda "tem vacinas antirrábicas humanas".
Contudo, as vacinas só serão administradas às pessoas que forem mordidas por um animal desconhecido ou se o animal conhecido tiver morrido no período de monitorização, que são dez dias, ou ainda se depois da agressão o animal tiver sido abatido.